Livro II - Esforços de Guerra

[Padre Judas]

Bror seguia atrás de Tahndour atentamente. Viu um filhote brincando com Lilith e o grande urso farejando a menina e por um momento ficou preocupado, mas então tudo se tranquilizou. O caçador assumiu uma postura mais relaxada, embora ainda mantivesse o arco em uma mão, a postos. Fenyra explicou ao elfo a situação.

Bror Hildson

- Percebi que andamos bastante tempo, mas não tinha ideia que estávamos tão longe.

Ele avalia os demais, vendo se já estão melhores. Acabaram não tendo tempo para caçar.

Bror Hildson

- Você já está melhor, Seanirox? Devemos nos apressar.

[Lord Seph]

Terry chega a pegar em sua pistola quando o urso maior aparece, mas após o desenrolar tudo fica calmo e ela relaxa finalmente.

Mas nada fala e deixa os demais falarem com o elfo, mas não deixou de pensar que havia algo estranho com Lilith. Mesmo que o urso maior fosse o companheiro do elfo não foi uma atitude normal do mesmo para a Lilith.

[John Lessard]

Capítulo 1
Lugar Nenhum

- Isso é... - o elfo pareceu preocupado, quando o urso resmungou algo, com grunhidos - Teddy diz que estão falando a verdade e isso é péssimo. Receio que não possa ajudar quanto a viagem a Valkaria, porém defenderei essa mata até meu último suspiro.

Ele olha para o alto e passa as mãos nos cabelos loiros.

- Já passa do meio dia, posso oferecer abrigo a vocês e amanhã bem cedo os levo até a borda norte da floresta ou se preferirem, podemos ir para lá agora.

[Aldenor]

Fenyra espreguiça-se vagarosamente enquanto boceja.

Fenyra

Ainda não tivemos muito tempo para descanso, acho que seria uma boa ir para um abrigo para descansar. A fuga de Cosamhir foi muito cansativa e pesarosa.

Ela limpava as remelas dos olhos do pós-bocejo. Olhou para o resto do grupo.

Fenyra

O que acham?

[Lord Seph]

- Não posso discordar, melhor descansar agora que cair exausto.

[Padre Judas]

Bror Hildson

- Concordo. Fiquemos e descansemos, então. Thandour, nós ainda não comemos. Há algum lugar onde podemos conseguir alimento por aqui?

[John Lessard]

Capítulo 1
Lugar Nenhum

O grupo seguia por uma trilha quase imperceptível, onde apenas Bror e Fenyra conseguia perceber levemente o caminho. Tahndour estava mais soturno e quieto agora. Os dois ursos caminhavam ao seu lado, com Lilith montada nas costas de Teddy. Depois de mais ou menos uma hora de caminhada alcançaram uma pequena clareira, com um enorme paredão de pedra próximo. Escavada ali havia uma pequena caverna, iluminada por tochas. Havia carcaças de animais pequenos. Num canto lanças de madeira, em outro tiras de couro. Sentado em uma rocha estava um velho magro, de semblante sério. Os cabelos e a barba eram abundantes e brancos. Suas vestes eram um emaranhado de trapos e couro surrado. Em uma das mãos levava um cajado simples.

- Tahndour, trouxe estranhos para cá...

- Naldor... Como foi vistoriando o outro lado da mata?

- Trouxe estranhos.

- Sim... Eles estavam perdidos e precisando de ajuda, Teddy disse que estão dizendo a verdade.

- Teodoro? Esse urso tem o coração mole.

O urso resmungou algo.

- Ele não falou por mal Teddy. Naldor, eles irão embora pela manhã e além do mais, preciso conversar com você depois.

O velho resmungou algo e se fastou para perto das árvores.

- Desculpem por isso, ele já lutou demais com a civilização. Sente-se, e comam, tenho frutas, carne de esquilo e larvas brancas amassadas, estas são muito nutritivas.

Ele então serve todos, e depois mostra um lugar que poderiam dormir. Do lado de fora a luz do dia começava a sumir.

***

A noite seguiu tranquila e a manhã veio rápida. Tahndour presentou todos com mais frutas para o desjejum, porém logo estava preparando suas coisas para guiar o grupo para fora dali. Não muito tempo depois, todos seguiam com o elfo e Teddy. Este era o momento para perguntas ou alguma conversa boba.

Duas horas depois todos chegaram á um dos limites da árvores. Á frente se estendia uma campina verde, sob um céu azul de um dia ensolarado. Tahndour apontou.

- Sigam para o norte e logo encontrarão a estrada principal, depois é só continuar para o norte por ela que chegaram á Valkaria - ele sorri meio sem jeito - Conversei com Naldor ontem á noite, se goblinóides aparecerem por aqui, defenderemos este lugar com tudo que temos. A Mata é nosso lar há muito tempo, conhecemos melhor que ninguém. Boa sorte para vocês.

Lilith abraçou Teddy com toda a força que tinha, num ato de despedida.

O caminho á frente era o começo de uma nova etapa.

[Padre Judas]

Bror comeu, grato pela acolhida, apesar do mau humor do velho druida. Mas o caçador conhecia os druidas e sabia como eram protetores em relação à suas florestas. Em Tollon ele já lidara com eles algumas vezes – nada problemático, felizmente. Tanto ele quanto sua mãe sempre caçaram respeitando os limites naturais e sem crueldade desnecessária.

A janta frutígera não o agradou de todo, é claro. Precisava de alguma carne. Carne com gordura, não aquela carne insossa de esquilo ou aquelas larvas. Não os recusou, é claro. Não era um real incômodo. Treinou ao pôr do sol e aproveitou o anoitecer para ir ao rio lavar-se e também limpar suas roupas. Seu coração estava pesado. Pensava naqueles que ficaram para trás e Dalila insistia em invadir sua mente. O que havia ocorrido à garota? E aos irmãos que bravamente permaneceram para enfrentar os goblinoides. Uma pequena parte de si desejava que tivessem, de algum modo miraculoso, escapado. Mas sabia que só podia esperar que tivessem tido uma morte rápida – a alternativa era muito pior. Aproveitou o momento de solidão para orar para Tenebra.

Bror Hildson

- O, Mãe Noite, Senhora das Trevas. Tu, que me guias na escuridão dos ermos e conduz minha flecha ao meu alvo. Por favor, olha por aqueles que ficaram para trás. Que eles possam encontrar paz e alegria, se não nesta vida, na segunda. Assim seja.

Permitiu-se permanecer boiando nas águas calmas por algum tempo, olhando para as estrelas e para a noite. Ao dormir, sonhou com Delila, que não estava triste, mas sorria para ele. Seus cabelos loiros tornaram-se ainda mais dourados e era Fenyra. Então escureceram até a negritude, a pele tornou-se pálida e era a Deusa. Acordou no dia seguinte com sentimentos confusos, mas sonhos eram apenas sonhos. De qualquer modo seu ânimo estava leve e sua disposição estava melhor.

Bror Hildson

- Dormiram bem? Vamos comer e pegar a estrada.

Não se surpreendeu quando o druida e o elfo disseram que pretendiam ficar. Mas não podia deixar de tentar.

Bror Hildson

- Têm certeza? Sei o quanto a floresta é importante, mas vão defende-la sozinhos? Talvez seja melhor unir-se a outros para lutarem juntos e mais fortes.

Diante da recusa, apenas balança a cabeça, compreensivo.

Bror Hildson

- Muito bem. Eu lhes desejo boa sorte e que... os deuses... estejam convosco.

Não pode resistir a pôr a mão na cabeça da menina quando ela abraçou o urso.

Bror Hildson

- Vamos, Lilith. Temos que ir.

Seguiu adiante, sem olhar para trás. Aquilo estava se tornando um hábito.

[Senimaru]

Tudo estava calmo até Searinoxx ouvir um barulho vindo da mata e dele saiu um urso, ele se levantou colocando a mão no cabo de sua Katana mas não sentiu nenhuma agressividade do urso, logo depois veio um elfo com Bror e Fenyra. Olhou o urs e pensou já que ela era adestrado era mais perigoso que um selvagem, apesar de deixar Lilith continuar a brincar ficava mais próximo dela de precaução e Bror se dirigiu a ele.

- Sim, estou melhor. Já descansei o suficiente podemos prosseguir depois de comer.

Todos então falaram em descansar mais e o elfo se ofereceu de guia até a borda da floresta, não é preciso falar que Searinoxx desconfia do elfo ainda mais depois de encontrar com o velho doido varrido. Apesar do dia e noite passarem tranquilamente Searinoxx estava de prontidão caso algo acontecesse. Foram deixados na fronteiras sem problemas com o elfo dizendo que iria ficar para lutar, Searinox estava nem ai para isso, viu Lilith se despedir do urso e Bror passar a mão em sua cabeça em solidariedade, ele se virou esperando todos e seguiu em rumo a Valkaria.

[Lord Seph]

Terry agradece a comida e se satisfaz, naquele final de tarde ela começa a planejar como fará mais munição.

A despedida foi rápida e sem rodeios, exceto por Lilith que se apegou ao urso.

- Quando chegarmos em Valkaria vamos direto ao meu tio, talvez ele tenha como passar o aviso para as forças competentes.