Livro I - Aço Negro

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Fënrir
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Re: Livro I - Aço Negro

Mensagem por Fënrir » 25 Set 2016, 21:15

Grunt observa o fim da cena inusitada sem saber ao certo o que acontecera, mas não havia dúvidas de que o Caolho fugira com o rabo entre as pernas, o que era o melhor para todos. Havia goblinóides suficientes para que humanos precisassem brigar entre si. Seu blefe fora suficiente para encerrar uma situação que poderia acabar em morte...

A loira lhe dirigiu um olhar frio seguido de um "Fique aqui", antes de sair... Lembrava que os dois, Caolho e Loira, disseram ser de Tollon, seja lá onde isso fique... Parece que as pessoas de Tollon se achavam no direito de dizer o que as outras pessoas do mundo deveriam fazer... Não que tivesse algo melhor para fazer... Antes que a loira saísse do recinto, foi abordada pelo homem do machado...
- Searinox, Cruzado do Deus do Poder, irei acompanha-la até a menina.
"Searinox", então era esse o nome do homem do machado... "Cruzado do Deus do Poder... seja lá o que isso signifique". Tudo que Grunt sabia sobre deuses era o que diziam os espertalhões que aplicavam golpes nos mais estúpidos, recebendo ouro em troca de bençãos... Mas aquele homem parecia ser diferente.

Grunt olhou a bagunça na taverna. O taverneiro já se recuperara do choque, e começava a por as coisas no lugar. Nenhum prejuízo significativo e, pelo que se notara da higiene do local antes do combate, ele nem se preocuparia em limpar o chão.

O Lutador gostaria de ouvir a elfa, saber se ela estava bem, porque ela fora perseguida... Mas já havia gente cuidando disso, não se sentia bem vindo.

E tinha o Quatro-Braços... Parecia uma estátua, parado, fechado na própria mente... Havia vidas piores do que a de um órfão miserável, abandonado e explorado por pessoas sem escrúpulos. Se já era ruim ser um protótipo de gigante, sempre alvo das pessoas, das conversas, dos ataques... Como seria ter quatro braços....

Talvez Grunt pudesse encontrar alguma pista no meio das coisas dos goblins... e tinha algo que ele desejava muito e talvez pudesse achar ali...
Searinox já pilhou, mas Grunt vai fazer uma busca mais calma, por algo que possa trazer alguma informação, e ele quer uma espada longa, se tiver entre os pertences dos goblinóides.
Edit - off: Estou anotando uma espada longa no meu inventário, seguindo o que disse o Senimaru no tópico de off.
...Uma espada! Sim, uma espada, ainda que não tão bela quanto as que vira durante toda infância na cintura dos guardas dos quais fugia... Era uma espada robgoblin, provavelmente uma arma suja de sangue inocente, mas era a espada de um adversário odioso e derrotado. Grunt ainda dominaria o uso daquele item, ainda o faria cortar carne e tirar sangue de quem realmente merecia, os malditos goblinóides. Ele se via armado e protegido com aço, lutando contra hordas de goblinóides... Sozinho? Não... Ao lado de companheiros.

Ao final da busca, Grunt senta na mesma cadeira de antes para descansar, a espada longa por companhia. Lhe resta esperar para ver se a loira desce para lhe trazer alguma informação, afinal de contas, ela lhe disse para ficar, pode haver uma razão para isso. Os pensamentos tomam conta de sua mente... Talvez devesse fazer algo em prol de seus ferimentos, mas não era muito bom com cuidados médicos, e seria difícil alcançar os cortes nas próprias costas, mais provável que piorasse as coisas... Procurar ajuda? Esse grupo de pessoas já se provou suficientemente complicado... Agora aparentemente era responsável pela segurança de um homem adulto, armado e barbado... "'Quem tem filho de barba é gato', já dizia sua finada 'maezinha', aquela bandida".

Se ficar tarde ele vai dormir e descansar para o dia seguinte, que promete...
Editado pela última vez por Fënrir em 26 Set 2016, 07:15, em um total de 3 vezes.
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Aldenor
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Re: Livro I - Aço Negro

Mensagem por Aldenor » 25 Set 2016, 21:47

Searinox
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Searinox, Cruzado do Deus do Poder, irei acompanha-la até a menina.
Fenyra continua seu trajeto sem olhar para o tamuraniano, mas faz um gesto de "ok" com a mão.
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Andrew Kaninchen
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Re: Livro I - Aço Negro

Mensagem por Andrew Kaninchen » 25 Set 2016, 22:47

"Com licença."
"Toda."
Toda? Toda licença? Licença. O que aquilo significava, naquela ocasião? Com certeza não era algo relacionado a burocracia. Não, aquilo antes não havia sequer passado por sua mente. Na verdade, nada havia passado. As palavras apenas tinham saído. Apenas agora ele pensava sobre o que elas significavam. Mais e mais palavras pareciam surgir em sua mente. Burocracia. Leis. Ele olha para um dos homens ali presentes, um homem de armadura. Ele parecia comandar os outros. Um oficial da lei. Talvez. Provavelmente. Ele não sabia de onde essa ideia vinha, mas seus sentimentos e sensações o convenciam. Ele criava crenças. Crenças. Fé. Deuses. Os deuses são reais. Ele parecia não ter dúvida disso. Os deuses existiam, seu poder era real. Ele olha para uma garota de cabelos negros, que antes não estava ali. Ela parece fazer alguma coisa ao homem caído, aquele que perdera o olho. Magia. Magia? Qual era a diferença? Ele não entendia como as coisas funcionavam, mas aquilo que ele via com certeza era magia. O que significava algo ser magia? Não poderia ser apenas algo que ele não entende ou não consegue explicar. Não, porque ele não entende nem consegue explicar a maioria das coisas. Ainda não conseguia explicar nem mesmo como conseguia explicar o que conseguia explicar. Se não conseguia explicar o que ele sabe que consegue fazer e que vem dele mesmo, como conseguiria explicar o que vem do que está fora dele? Não. Ele não consegue explicar nem mesmo o que estava dentro dele e o que estava fora. Ele percebe isso, pois antes havia definido que o que fazia parte dele era aquilo sobre o que ele tinha controle direto. Entretanto, meros momentos atrás, palavras haviam sido proferidas de algo que ele disse que fazia parte dele sem que ele percebesse ou o fizesse voluntariamente. Seu corpo ainda estava no mesmo lugar de antes, cambaleando e olhando seus arredores enquanto sua mente viajava pelos seus pensamentos. Um homem fazia fogo. Fogo. O que era aquilo? Não parecia algo sólido. Parecia magia, mas ele sabia que não era magia. Talvez tivesse sido feito por magia. Ele tem a impressão de que isso é bastante comum. Mas o fenômeno, na falta de uma palavra melhor, o fenômeno em si não era magia. Era algo mais, ou algo menos. Era como o chão em que pisava. Não, não exatamente. Talvez mais como o ar que respirava. Sim, o ar. O ar estava lá. Ele sabia disso. Mas não consegue imaginar como seria se não estivesse. Começa a imaginar como seria se pudesse vê-lo. Talvez fosse como a água, fluido. Não. Água. O que era água? Ele só conhecia o sangue. Líquido. Vermelho, em dois tons. Um altamente saturado, com uma cor viva. Outro muito mais escuro, quase negro. Vinho é a palavra que vêm a sua mente. Não sabia exatamente por que o sangue que podia ver ao seu redor existia nessas duas cores. Tanto aquele que vinha dos homens verdes quanto aquele que vinha dos beje, existia em duas cores. Mas nenhuma delas era água. Água era outra coisa. Ele não consegue imaginá-la. Apenas sabe que ela existe, como é sua sensação. É como o ar, porém mais densa. Mais fria. Não, não necessariamente mais fria. Calor. Calor não tinha a ver com aquilo. Com o que cada coisa era. Ou tinha? Fogo. Fogo era quente. Isso parece ser verdade. Talvez fogo realmente fosse diferente do ar e da água. Talvez fosse mesmo outra coisa.

Fogo. O homem parece jogar coisas no fogo. Armas. Espadas, adagas. Metal. Metal era como o chão. Sólido. Frio? Não, não necessariamente. O fogo da pira parecia aquecê-lo. Ele ficava alaranjado. Como o fogo. Como o fogo? Será que fogo era como o metal? Não, fogo era quente. Mas o metal estava ficando quente. Será que estava virando fogo? Não, aquilo estava errado. Não sabia dizer o porquê. Apenas sabia que não era isso. O homem do fogo agora pegava uma maça. Não, uma maçã. As duas palavras aparecem em sua mente. Por que duas palavras tão parecidas? Maças não são maçãs. Não são parecidas em nada, porém são descritas de forma muito parecida. Uma é uma arma. Outra é uma fruta. Frutas. Ele não tinha visto muitas frutas. Mas sabia que havia mais delas.

Ele sente sua garganta. Sua língua. A saliva em sua boca. Frutas. Frutas eram comida. Comida era aquilo que ele consumia. Consumia? Sim. Ele precisava de comida. Sem comida, seu corpo falharia. Mas o que a comida lhe fazia? Para onde ela iria? Quando ele a comesse, ela seria parte dele? Não, ele não tem controle sobre ela. Mas ela estaria dentro dele. Não dentro. Entre ele. Entre partes do que ele conseguia controlar. Entre suas costas e seu abdômen. Mas o que havia ali? Não poderia ser vazio. Não, se fosse vazio a comida apenas ficaria ali e nada dela seria feito. Se fosse vazio, não teria o que proteger ali. Seu corpo não falharia se aquele lugar fosse cortado, perfurado, esmagado. Mas seus sentimentos lhe diziam que se algo assim acontecesse, aquelas seriam as consequências. Causas e consequências. Conceitos estranhos, como aquele que antes ele havia pensado. Tempo. Momentos. Acontecimentos ordenados. Um vinha antes, outro vinha depois. Um em um tempo, outro em outro. Alguns aconteciam num mesmo tempo. Mas nunca um acontecimento teria seu tempo antes do tempo daquele que o causara. O primeiro acontecimento era uma consequência do segundo. Não, seria melhor o contrário. Assim ele poderia numerá-los de acordo com o tempo. Primeiro é o que vem antes. Segundo, o que vem depois. E assim, poderia usar os números. Ferramentas estranhas. Pareciam palavras. Tinham palavras que os representavam, claro, mas como as palavras em si, números não pareciam existir de verdade. Não eram como o fogo ou o sangue que vira. Não eram objetos reais, fenômenos ou coisas que os regessem. Eram só uma forma de representar as coisas para organizar o entendimento. De certa forma, ele está aliviado. Ele parece saber de todas essas coisas. Lentamente está entendendo melhor como cada uma delas se liga às outras. Abstrações. Números. Palavras. Nomes. Nomes? Não, ele não sabia nomes. Ele ouvira nomes. Fenyra. Bror. Grunt... Mais tarde, Searinox. De onde eles vieram? Nenhum deles era seu próprio nome. De onde eles vieram?
???:
Imagem
De fora.
De fora? Sim, de fora. Daquilo que não era ele. A pessoa de cabelos dourados, mulher, era Fenyra. O homem que lutava com os punhos e não vestia seu torso era Grunt. Aquele que só tinha um olho era Bror... Mas, quem era ele?
???:
Imagem
Jumanji.
Jumanji. Não, não era aquilo. Aquilo parecia errado. Não completamente errado, mas parecia faltar algo. Parecia ago distorcido. De onde viera aquilo? A imagem de um rosto aparecera em sua mente. Quem era aquele?
Jumanji:
Imagem
Jumanji.
Jumanji. Não era ele. Era o outro. Aquele dentro de sua mente, o rosto que estava ali e lhe proferia palavras. Não era uma sensação. Não, era outra coisa. Não era ele. Ou era? O que era ele?
Jumanji:
Imagem
Ju...
Ele:
Imagem
Ju...
Jumanji:
Imagem
Gen...
Ele:
Imagem
Gen...
Jumanji & Ele:
ImagemImagem
mu...jugenmu...go...kono...surike...kaijarisugesugematsufunfaimatsufuraimatsukurunetokoronisumiyapparikojiyapparikojibaibobaibobaiboshuringashuringanugurindaigurindainobomboribombonanojoukyuumechousuke.
mu...jugenmu...go...kono...surike...kaijarisugesugematsufunfaimatsufuraimatsukurunetokoronisumiyapparikojiyapparikojibaibobaibobaiboshuringashuringanugurindaigurindainobomboribombonanojoukyuumechousuke.
Sim, aquele era ele. E novamente, sua boca havia proferido palavras. Não, desta vez, tinha sido apenas uma palavra. Era seu nome. Era ele.

Ele estava ali. Uma taverna. Pessoas à sua volta. Pessoas que já haviam se apresentado. Estavam trocando informação. Era a vez dele de se apresentar. Por isso, havia se apresentado.
Jugenmujugenmugokonosurikekaijarisugesugematsufunfaimatsufuraimatsukurunetokoronisumiyapparikojiyapparikojibaibobaibobaiboshuringashuringanugurindaigurindainobomboribombonanojoukyuumechousuke:
Imagem
...sou eu.
E agora olhava, olhos em olhos, todos aqueles que ali ainda estavam presentes.

Código: Selecionar todos

[quote][b][size=85]Nome_do_Personagem:[/size][/b]
[img]URL_da_Imagem[/img]
Fala.[/quote]

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Fënrir
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Re: Livro I - Aço Negro

Mensagem por Fënrir » 26 Set 2016, 07:32

Grunt estava perdido em seus pensamentos, às vezes observando o bizarro ser de Quatro-Braços. Já não se sentia preocupado com a criatura: parecia mais provável que ela fique ali parada o resto da noite, como uma estátua, do que se mover para atacá-lo. O rosto do Quatro-Braços se movia eventualmente, mas o Grandão não tinha a perspicácia para perceber se aquilo significava algo... Quando, de repente:
Jugenmujugenmugokonosurikekaijarisugesugematsufunfaimatsufuraimatsukurunetokoronisumiyapparikojiyapparikojibaibobaibobaiboshuringashuringanugurindaigurindainobomboribombonanojoukyuumechousuke:
Imagem
...sou eu.
Grunt riu, se levantou olhando para o Quatro-Braços, atou a espada longa na cintura e caminhou lenta e relaxadamente até o infeliz.
Grunt
Imagem
- Jugen...mu...ju... - tentou uma vez - Isso é o seu nome? - aguardou um segundo, que o Quatro-Braços pareceu usou para processar a interação - Nem fodendo que vou conseguir repetir esse nome. Vou te chamar de Quatro-Braços, ok? Se discordar, é só falar, rs... - Aposto que esses seus quatro braços servem para alguma coisa, como lutar, não é? Aposto que você sabe lutar, ou alguém já teria lhe arrancado esses quatro braços, só por você ter quatro braços. Já tentaram arrancar os meus, e eles só são um pouco maiores que os normais, só por eles serem maiores que o normal - novamente Grunt parou e observou a face, esperando uma resposta que, suspeitava, não viria - A questão é: quando você sabe lutar, você aprende a gostar de lutar, não é verdade? Pois vou te dizer uma coisa: amanhã vamos lutar, lutar de verdade, por algo além de braços maiores em quantidade ou tamanho. Vamos lutar contra goblinóides, como aqueles - apontou para os cadáveres dos goblins. - Você deveria vir conosco, porque, se esses braços servirem para algo útil, os outros vão passar a dar valor a eles, e passarão a te dar uma coisa de valor: respeito.
Grunt deu um tapa amigável no ombro do Quatro-Braços, e se afastou. Se sentiu estranho: nunca falara tanto com uma pessoa antes. Curioso que fizesse isso com alguém que nem se encaixava perfeitamente na definição de pessoa. Mas falar com ele era quase como falar consigo mesmo. Não se sentia tímido. Era como falar com um espelho, não um espelho qualquer, mas aqueles espelhos de circo que distorcem a imagem... Esse lhe dava quatro braços e lhe causava arrepios...
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John Lessard
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Re: Livro I - Aço Negro

Mensagem por John Lessard » 26 Set 2016, 10:30

Capítulo 2
Adivinha Quem Vem Lá


Um clima desgostoso toma conta do ambiente, isto é claro, antes de tudo esquentar novamente. Grunt e Bror trocam farpas e se não fosse pela intervenção de Fenyra, trocariam muito mais que isso. Trevor e Gary saíram, o taverneiro permanece atrás do balcão esfregando um pano distraído (talvez fosse melhor limpar o sangue no chão). O bardo continua sentado, bebendo vinho, ainda tinha bastante, mesmo depois de ter compartilhado com Bror.

A maioria se preocupou em seguir e ver a garota élfica, exceto Jugen e Grunt. O primeiro por estar "confuso" e o outro por não se sentir bem vindo. O brutamontes trocou algumas palavras com o humanoide de quatro braços, e se obteria resposta era uma incógnita. Independente disso, o lefou finalmente pareceu chamar a atenção de mais alguém.

- Uou... hic... Um, dois, três e quatro... Eu devo estar muito bêbado mesmo - o bardo cambaleou para perto de Jugen - Você tem quatro... hic... Braços rapaz? Você, realmente sucesso com as mulheres... hic... Duas mãos nos peitos, enquanto brinca lá embaixo.

O bardo riu. Era aparentemente um elfo, embora um elfo saberia que isso era mentira. Usava uma capa azul puída, roupas brancas e do mesmo azul da capa. Os cabelos eram loiros, quase brancos.

- Sabe... hic... Deixa pra lá, eu não lembro mesmo - riu novamente - Eita, você também tem os olhos vermelhos? Tudo bem... hic... Eu entendo, umas ervinhas não fazem mal a ninguém... hic... não é?

Ele abaixou e vomitou aos pés de Jugen.

O taverneiro suspirou em angústia.

***
O cubículo que era o quarto de Terry se encheu de pessoas. Bror tinha pedido por mais cuidados, e a garota se prontificou a ajudar enquanto todos tentavam descobrir algo da garota. Primeiramente a abençoada lançou mais uma magia no olho de Bror, e ele sentiu-se incrivelmente melhor. Logo em seguida tratou de retirar aquele retalho nojento que a prostituta tinha colocado, colocando bandagens limpas no lugar com cheiro de ervas. Searinox observa, enquanto Fenyra tenta conversar com a garota.

- amin uma il- caela y' essa, nan' i' hini en' mor loske yela amin en' lilith ar' amin lirima.
- Eu não tenho nome, mas a garota de cabelos negros me chamou de Lilith e eu gostei.


- amin just rina en' huine. amin nae ereb quanta coiasira, nan' ron vara amin. amin uma il- mankoi.
- Eu só me lembro da escuridão e que estava sempre sozinha. Eles me protegiam, mas o porquê eu não sei.


- ikotane sii', amin sinta tanya ante usina
- Mas agora eu senti que precisava fugir, então escapei.

A jovem elfa não reluta em revelar a tatuagem em suas costas, e Fenyra, assim como os outros ficam impressionados com o que vislumbram. São círculos, os menores dentro dos maiores, formados por ideogramas élficos, numa caligrafia perfeita, que só demonstra que um elfo artista tenha feito. Um toque divino tamanha perfeição. A humana logo percebe que consegue ler, e que a gramática é do mais perfeito élfico que ela já vislumbrou.

Do ouro mais puro,
Da chama dourada,
Unidos com a alma escolhida e encarnada

O objeto que existe e não existe,
Na Forja pode ser criado
E tirar aquilo de mais precioso que lhe foi dado


Se ela iria compartilhar essa informação com os outros que não eram fluentes em élfico, era sua escolha. Isso, apenas aumentaria quem mais dormiria com essa informação e a inquietação do que ela significava.

***

Trevor os espera na saída da cidade. Carrega uma maça e um escudo leve de madeira, assim como uma mochila pesada. A armadura simples da noite anterior. Olhar severo e preocupado. Gary ficaria tomando conta da vila e da criança élfica.

Quem o acompanhasse estaria perto da verdade.

E talvez perto da morte...

***

OFF:

Bror +11 Pv's!

Todos os demais feridos +1 Pv!
Personagens em Pbfs:
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Padre Judas
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Re: Livro I - Aço Negro

Mensagem por Padre Judas » 26 Set 2016, 11:39

Enquanto é curado pela menina, Bror não pode deixar de agradecer.
Bror Hildson
Imagem
- Obrigado novamente, garota. Acho que ainda não nos apresentamos. Sou Bror Hildson, de Tollon. E você?
A bandagem limpa deixou a situação um pouco melhor – aquele pano sujo já estava começando a incomodar.

Ele vê Fenyra conversando com a elfa, mas ele é incapaz de compreendê-las.
Bror Hildson
Imagem
“Acho que deveria tentar aprender élfico o mais rápido possível. Talvez a loira possa me ensinar alguma coisa.”
Já devidamente tratado, ele se aproxima mais da dupla e vê as marcas. Tatuagens. Não conhece élfico, mas reconhece letras quando as vê.
Bror Hildson
Imagem
- Você sabe o que é isso aí?
-------------------------

Dia seguinte.

Bror levantou cedo e preparou-se da melhor forma que podia. Antes mesmo do sol raiar ele realizou alguns disparos contra cercas próximas. Para seu desapontamento percebeu que havia uma dificuldade extra em mensurar a distância exata dos alvos. Sabia que aquilo só seria recuperado com muito treino.

Suspirou. Sentia-se melhor do que ontem, pelo menos. Voltou para dentro, banhou-se (não sabia quando voltaria a ter esse luxo) e vestiu-se. Azgher erguia-se no horizonte e ele despediu-se de sua Deusa com uma curta oração. Pessoalmente preferiria que a missão fosse noturna, mas tivera que se acostumar com a tendência dos outros a preferir agir durante o dia.

Estava pronto e isso é o que importava. Vestia uma roupa azul escuro que lhe permitia ocultar-se completamente de Azgher. Como devoto de Tenebra, não podia se permitir ser tocado por seu maior inimigo.
Bror Hildson
Imagem
- Vamos lá.
Editado pela última vez por Padre Judas em 26 Set 2016, 15:21, em um total de 2 vezes.
BAÚ DO JUDAS
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Alexander: Witch Slayer [Kaito_Sensei]
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Jonz: Tormenta do Rei da Tempestade [John Lessard, D&D5E]
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Takaharu Kumoeda: Crônicas do IdJ [Aquila]
Yellow: Defensores de Mega City [John Lessard]

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Aldenor
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Re: Livro I - Aço Negro

Mensagem por Aldenor » 26 Set 2016, 11:42

Fenyra pediu para Bror e Searinox aguardarem do lado de fora sem dizer uma só palavra, apenas com gestos. Ela queria evitar assustar ainda mais a criança.
A menina de cabelos negros estava ali, resolveu curar Bror mais uma vez e, aparentemente, dessa vez, o arqueiro parecia verdadeiramente bem.

A criança falou e depois mostrou a tatuagem. Os olhos verdes de Fenyra moviam-se rapidamente.
Fenyra
Imagem
Ile sah tuupa sii', laito
Você pode se cobrir agora, querida.
Ela pensou por alguns segundos com o dedo sobre os lábios antes de virar-se para Bror e Searinox.
Fenyra
Imagem
Acho que ela foi criada pelos hobgoblins e fugiu por instinto.
Ela diz baixinho antes de olhar para a menina de cabelos e olhos negros. Fenyra sabia que ela entendia élfico. Não dava pra saber se Fenyra queria confirmar se havia entendido certou ou se queria que a menina de cabelos e olhos negros confirmasse sua história.
Bror Hildson
Imagem
Você sabe o que é isso aí?
O conterrâneo indagava sobre a tatuagem.
Fenyra
Imagem
É um poema. Algo como... "Do ouro mais puro, da chama dourada, unidos com a alma e escolhida e encarnada. O objeto que existe e não existe, na forja pode ser criado. E tirar aquilo de mais precioso que lhe foi dado".
Ela suspira ao perceber que ninguém mais teria alguma ideia do que significava. Então, ela apenas olhou para a menina de olhos e cabelos negros.
Fenyra
Imagem
Sou Fenyra Hagar.
Depois da resposta, continua:
Fenyra
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Ficaria feliz se nos encontrássemos amanhã.
Fenyra arriscou um sorriso. Depois, sem querer ficar ali por mais tempo, apenas foi embora. Pediu um quarto ao taverneiro e dormiu. Sonhou com o homem de quatro braços dançando ao som de tambores estranhos.

No dia seguinte, Fenyra encarou Trevor na saída da cidade, todo equipado. Estava preocupado. E Fenyra também.
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Fënrir
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Re: Livro I - Aço Negro

Mensagem por Fënrir » 26 Set 2016, 13:43

Grunt estava exausto e ferido, e adormeceu assim que deitou na cama.

Sonhou que estava em uma imensa parede, não, uma verdadeira muralha de escudos. Por mais que olhasse a sua esquerda, ou à direita, não via o final da formação, nem tampouco atrás de si. Era o primeiro homem da fileira, e à sua frente via um exército igualmente grande de goblinóides que desejava exterminar a humanidade e tudo que havia de bom no mundo. Não sentia medo, porque trajava aço, e tinha um grande escudo de metal para proteger seu corpo e seus aliados, e uma bela e forte espada para estripar goblinóides. De alguma forma, sabia que aquele era a última batalha entre humanos e goblinóides, e estava feliz por estar na linha de frente, sem se preocupar se viveria para ver o final.

___________
O dia chegou, despertando o Grandão com cálidos raios de sol. Depois de organizar suas coisas na mochila, Grunt se vestiu e caminhou para fora da taverna, onde encontraria o Sargento da Milícia e talvez alguma verdade sobre si mesmo:
Trevor os espera na saída da cidade. Carrega uma maça e um escudo leve de madeira, assim como uma mochila pesada. A armadura simples da noite anterior. Olhar severo e preocupado. Gary ficaria tomando conta da vila e da criança élfica.

Quem o acompanhasse estaria perto da verdade.

E talvez perto da morte...


Ao seu lado estava um homem totalmente vestido de preto, que pelo porte físico poderia ser o Caolho da noite anterior, além da inconfundível Fenyra, a bela loira, o semblante carrancudo que já lhe era característico.
Grunt
Imagem

- Hmm... Oi... Seremos só nós ou será que vem mais alguém?
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Re: Livro I - Aço Negro

Mensagem por Lord Seph » 26 Set 2016, 13:48

Terry continua falando ameninades enquanto verifica se a criança ainda tinha algum ferimento, mas aparentemente só sua mente estava ferida. Então ela ouve passos e instintamente coloca as mãos em sua pistola, mas vê que era a loira e o garoto que perdeu o olho.

- Vocês querem falar com ela?

Terry vê uma afirmativa e deixa a loira ir fazer o que desejava e ela ruma ao jovem.

- Deixa eu dar uma olhada melhor nisso.

Terry faz um trabalho mais dedicado. Ao fim ouve um obrigado, ela sorri.

- Me chamo Tereza Lestrand, mas podem me chamar de Terry e eu sou de Salistick, apesar de ter vivido boa parte de minha vida em Valkaria.

Então ela ouve a loira, agora Fenyra, e vê ela pedindo um momento longe da criança.

- Infelizmente nunca ouvi nada sobre isso, mas a Lilith disse que chamavam ela de tesouro. Bem, ela certamente é mais importante que um mero escravo.

Terry então ouve as novas de lá de baixo quando Wynna retorna.

- Bem, nós nos veremos amanhã. Vamos, Lilith, o quarto não é do meu agrado, mas é melhor ter um teto sobre a nossa cabeça.

No dia seguinte Terry acordou cedo e Lilith também. Dividiu parte de sua ração com ela e desceram para um novo dia.

- Bom dia Fenyra, quais as novas?

Mas Terry e Wynna podiam advinhar.
Melhor queimar do que apagar aos poucos.
-Neil Young.
o lema dos 3D&Tistas
"-seremos o ultimo foco de resistência do sistema"
Warrior 25/ Dark Knight 10/ Demi-God.

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Aldenor
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Re: Livro I - Aço Negro

Mensagem por Aldenor » 26 Set 2016, 14:01

Apreensiva, Fenyra aguardava os outros chegarem. Viu um homem se aproximar, todo encoberto de roupas. Mas sua voz era familiar. O sotaque. Era Bror. Ela acena para ele ainda com sua expressão séria.
Em seguida foi a vez de Grunt.
Grunt
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Hmm... Oi... Seremos só nós ou será que vem mais alguém?
Ela encarou o homem como se fosse a primeira vez que o via. Imaginou que as roupas de Bror o "disfarçariam", por isso a ausência de hostilidades ali naquela hora da manhã.
Fenyra
Imagem
Virão mais.
Disse, com braços cruzados, olhando para o horizonte da pequena Molok. Mais alguém vinha. Era Tereza Lestrand com seu corvo.
Terry
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Bom dia Fenyra, quais as novas?
Fenyra
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Bom dia, Terry. Daqui a pouco Searinox deve aparecer. E o homem de quatro braços, talvez...
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