TRPG - O Fragmento do Caos (ON) (Fechado)

[Maggot]

- Já vi pessoas usarem espadas na cintura e não saberem usá-las, por apenas aparências ou por pompa. As vezes pode ser um jogo perigoso. Se você diz saber tanto, é melhor que realmente saiba. Iremos entrar em um cripta hoje a noite, essa que deve possuir caminhos ocultos, armadilhas, portas pesadas e seja lá mais o que a terra possa estar escondendo lá embaixo. Só venha se estiver certeza de que pode fazer isso... Há coisas perigosas acontecendo.

- Então o que estamos esperando? Lidere o caminho. Mais importante, podemos passar um contrato por escrito antes afirmando que qualquer acusação de crime que eu tenha recebido durante minha estadia em seus territórios está sendo desconsiderada e estou recebendo um perdão completo? E que também caso tesouros - de qualquer natureza, mesmo que livros, pergaminhos ou materiais - sejam encontrados na tal cripta, eu tenho direito à parte do encontrado caso seja comprovado que minha participação foi essencial para que a empreitada fosse bem sucedida? Não gastarei muito de seu tempo, apenas precisarei de sua assinatura e de uma ou duas testemunhas. E uma pena e pergaminho, claro. E estaremos prontos para irmos.

Sion tinha uma expressão curiosa no rosto. Ele parecia estar animado por seu tom de voz, e seus olhos mostravam determinação.

[Aldenor]

Ele percebera que o minotauro estava convicto e falava coisas que ele não entendia. Pensando em não discutir mais, Aldred suspira e dá de ombros com um sorriso para Romulus.

Aldred

Tudo bem, Romulus. O senhor é o mais sábio.

Ele diminuiu o passo e deixou o minotauro ir à frente com Melinda. A risada e a pilhéria de Kallyan o incomodou, mas Aldred respirou fundo e deixou o jovem se livrar das lágrimas da galhofa sozinho.

[Aquila]

O Fragmento do Caos - Capítulo 2: Guardiões do Caos
(Meio-Dia de Tirag 17 sob Altossol)

Ponte do Dragão

Depois de passarem pelo arco de pedra arruinada, vocês seguem pela Estrada dos Reis até o topo da colina. Um caminho desgastado surge em meio às árvores, levando para o centro da antiga cidade, agora apenas um amontoado de pedras tomada pelas árvores.

Do topo da colina, vocês avistam o Rio da Fortitude, correndo em meio a dois penhascos rochosos. O rio, que nesse ponto tem aproximadamente cinquenta metros de largura, está cheio por causa das chuvas dos últimos dias. Mesmo de onde estão [cerca de duzentos metros], o som de suas águas turvas se chocando contra as pedras é forte. No outro lado do rio, vocês avistam as Terras Arruinadas, uma imensidão de colinas rochosas cobertas por pedras cinzentas, de onde sopra um vento gelado.

Um pouco a direita de onde estão, surgindo por sobre as árvores, vocês avistam a torre oeste da Ponte do Dragão, onde uma grande bandeira sacode ao vento do meio-dia. Dessa distância é difícil distinguir o brasão na bandeira.

- Fiquem atentos - diz Melinda, seguindo ao lado de Kallyan, preparando o escudo. - Ela sabe que estamos aqui.

Assim que vocês descem a colina e contornam um barranco, chegam a uma grande área aberta entre o bosque e a ponte. A maior parte das árvores foi retirada, abrindo um grande espaço até a entrada da ponte. Os troncos que restaram estão cravejados por dezenas de flechas de penas negras, muitas quebradas e desgastadas. Um grande número de flechas está cravada no chão, onde alguns esqueletos pequenos podem ser vistos em meio a grama rasteira.

- Não era assim quando estive aqui - diz a garota, mantendo o olhar na torre como se esperasse um ataque a qualquer momento.

A Ponte do Dragão.

Outrora a principal passagem pelo Rio da Fortitude, a ponte agora é apenas uma ruína abandonada, mas ainda impressiona pelo tamanho. Construída com as mesmas pedras da cidade e da estrada, suas torres de entrada são pequenos fortes com cerca de dez metros de altura, com janelas finas e ameias altas para atiradores e vigias. Na base das torres, os grandes arcos de pedra da passagem foram esculpidos na forma de bocas monstruosas - que não lembram bocas de dragão - de onde descem grossas grades de ferro.

No seu auge, a ponte abrigava uma guarnição de trinta soldados, quinze de cado lado.

Apesar da conservação das torres, a ponto em si está arruinada em vários pontos. Sua largura máxima é de seis metros, mas em alguns pontos, os arcos de pedra ruíram e agora restam apenas passagens estreitas, com pouco mais de um metro de largura.

Tudo está em silêncio.

O que vocês fazem?

Nota
Com a grade levadiça abaixada, vocês não conseguem chegar na ponte ou na entrada da torre, mas conseguem avistar as duas entradas, uma de cada lado da passagem; portas de madeira com dobradiças de ferro, abertas. Em um dia normal, talvez pudessem chegar na torre pelo rio, mas agora a correnteza é muito forte.

Aldred (PVs: 20/22; PMs: 0; PEs: 3/3; PAs: 0/1; CA: 16; XP: 0/1.000; Condição: Normal; Postura: Padrão).
Jonh Lessard (PVs: 23/23; PMs: 0; PEs: 3/3; PAs: 1/1; CA: 19; XP: 0/1.000; Condição: Normal).
Kallyan (PVs: 10/10; PMs: 8/8; PEs: 0; PAs: 1/1; CA: 12; XP: 0/1.000; Condição: Normal).
Romulus (PVs: 17/17; PMs: 0/10; PEs: 0/0; PAs: 1; CA: 17; XP: 0/1.000; Condição: Carga - Penalidade em Testes e Deslocamento 6m).

[Padre Judas]

Kallyan observa a ponte, as torres e, principalmente, as flechas. E há a bandeira também.

Melinda

- Não era assim quando estive aqui.

Kallyan

- Suponho que ainda não haviam aparecido as flechas naquela época. Que bandeira é aquela? Não parece a de Deheon... se quiserem posso voar até lá pra descobrir. Quer dizer, desde que não volte a chover flechas novamente.

[John Lessard]

John pondera sobre a proposta de Sion, depois sobre o quão aquilo era justo ou não.

- Livros e pergaminhos, de fato seriam um desperdício ficarem por lá, caso o encontremos, porém objetos de valores provavelmente foram enterrados com seus donos. Está bem, firmaremos um contrato á respeito sobre sua liberdade e que poderá ficar com qualquer livro ou pergaminho que encontremos, contanto que não esteja em nenhum túmulo especifico. Qualquer item que fora enterrado com antigos membros da sociedade, está extremamente proibido de ser adquirido. Não pense que é algo á ver com Calabouços e Dragões, não vamos saquear tumbas.

O rapaz se endireita.

- Estamos entendidos? Sean, abra a cela, pegue papel, tinta e pena e peça algo ara comermos. Temos muito o que discutir Sion e ainda temos tempo até entrarmos na cripta, juntos dos outros.

[Aldenor]

A discussão com Romulus havia tirado o humor de Aldred naquela manhã ensolarada. Andava mais atrás sem fazer qualquer menção de tocar em sua espada. O jovem valkariano confiava, se houvesse perigo e luta, que seus punhos pudessem ser testados dessa vez.

Quando Melinda comentou ressabiada que a "louca da ponte" sabia que estavam ali, Aldred respirou fundo para controlar a ansiedade. Não sentia medo, pois não era tão cauteloso assim. Ele morria de curiosidade para saber como aquela mulher era e se realmente era tão louca e perigosa quanto diziam. Aldred considerava que os moradores de lugares distantes e/ou decadentes pudessem superestimar as ameaças locais.

A torre distante tinha uma bandeira, mas Aldred não conseguia enxergar nem fazendo sombra em seus olhos com a mão estendida. As flechas de penas negras, um tanto antigas, denotavam algo errado. Melinda confirmou seu anseio quando falou das mudanças do lugar.

Então, ele reparou na Ponte do Dragão. Enorme e, apesar de antiga, impressionava. Aldred já vira pontes maiores e bem mais cuidadas, mas em Valkaria e em Tiberius. Era estranho encontrar algo daquela magnitude no meio daquele nada. Realmente, o passado da região já fora bastante glorioso. Seus comentários ficaram em sua mente, pois Aldred estava em situação de alerta, em prontidão.

As palavras de Kallyan contemplaram sua curiosidade. O jovem permanecia em silêncio, olhando para Melinda como se esperasse pela resposta. Ou que pelo menos algo acontecesse. A louca da ponte não deveria estar ali?

[Lucena]

Romulus olhas as torres, mas mesmo depois de muito pensar não sabe o que fazer. Então resolve ir direto ao assunto, projetando sua voz o mais alto possível.

Romulus:

OLÁ!!!! VIEMOS AQUI EM BUSCA DE DA SACERDOTISA DO CAOS, HETTIE-LOUCA-DA-PONTE!!!!! SE ESTIVER ME OUVINDO, TEMOS PERGUNTAS A FAZER!!! ENTÃO APAREÇA COM ESSE TAL FACÃO OU SEI LÁ O QUÊ!!!
ALIÁS, DEVO AVISAR QUE VIEMOS EM PAAAAAZ!!!!!!!

Ele então aguarda por uma resposta, já planejando que na ocasião de Hettie não responder, iria tentar levantar a grade com força.

"Na verdade, tenho uma ideia melhor"

Romulus:

Kallyan, meu caro feiticeiro, você consegue usar uma magia que diminua o tamanho de alguém? Assim algum de nóspode entrar pelos espaços entre as grades e procurar um jeito de abrir-las por dentro. Que tal, pode fazer isso?

[Padre Judas]

O callistiense faz um muxoxo de decepção.

Kallyan

- Não posso diminuir o tamanho de alguém...

Ele olha para as nuvens (e para as torres).

Kallyan

- Se não chover flechas hoje eu posso voar por cima da muralha e tentar abrir pelo outro lado. Ou posso fazer isso por um de vocês, se preferirem.

[Lucena]

Romulus ouve a resposta de Kallyan um pouco desapontado. Mas quando chega na parte em que ele sugere fazer alguém voar, o minotauro logo arregala os olhos e engole em seco.

Romulus:

Bo-bom p-pode ser mesmo perigosa já que não sabemos oquê Hettie fará! Que tal esperarmos um resposta aos meus gritos e se não recebermos nada você faz o Aldred voar? Eu aproveito e despejo uma magia de proteção sobre ele também.

O clérigo parecia genuinamente nervoso com a ideia de fazer alguém voar.

[Aldenor]

Aldred ergue uma sobrancelha quando ouve Romulus parecer nervoso. Mas dá de ombros no final.

Aldred

Parece um plano. Pode me fazer voar se for preciso... vamos dar alguns minutos para a sacerdotisa da loucura dar as caras.

Ele cruza os braços e encara a ponte e suas torres, pensando em como isso aqui deveria ser cheio de cavaleiros e soldados em tempos áureos.