Prólogo - Calmaria
O dia estava nublado. Azgher não ousava aparecer, um dia melancólico. O chão era barroso agora, devido a tantas pessoas indo de um lado para o outro. Soldados de Yuden vistoriando equipamentos. Escudeiros de Bielefeld limpando armaduras e cuidando de cavalos. Minotauros em sua disciplina rígida em seus regimentos, armados com lanças, gládios e escudos compridos. Os soldados de Deheon armados com armas e armaduras vindas do Reino das Armas corriam de um lado para o outro e gritavam ordens. Alguns conversavam de canto, treinavam atrás de tendas e oravam escondidos.
Arcanos de todos os cantos de Arton conversavam ou se evitavam. Feiticeiros fanfarrões faziam graça com pequenos truques, enquanto magos rabugentos permaneciam em silêncio, vez ou outra trocando experiências. Guerreiros parrudos, de pele clara e olhos azuis, mediam força, com seus cabelos dourados ou vermelhos esvoaçando ao vento.
Os golens de Wynlla eram impressionantes, variando de formas, entre dois e três metros, feitos de pedra e ferro, permaneciam parados fitando o horizonte, esperando que a ordem fosse dada. A ordem para atacar.
Para todos os lados havia bardos cantando sobre morte ou glória. Às vezes os dois, morte com glória depois, ou apenas glória, bem, com morte no fim. As seguidoras de acampamento estavam em cada canto, com seus vestidos simples e decotados, obviamente não usando nada por baixo da saia.
Em alguns pontos era possível encontrar comerciantes, vendendo armas e armaduras, ou até poções (tudo isso a um preço um pouco elevado). Era possível achar ferreiros também, com preços mais acessíveis, porém era necessário procurar.
Figuras importantes estavam presentes, metidos em planos de ataque e conselhos de guerra. Arkan do Braço Metálico, Julian, O Mago de Combate do Protetorado do Reino, Lady Shivara Sharpblade e até os arquimagos Talude e Vectorius.
Porém, a calmaria era uma miragem falsa nos corações daqueles bravos e sem escolhas “heróis”. No horizonte o poderoso forte Amarid, feito de pedras enormes, fortes e agora nas mãos do inimigo. Do único inimigo. Nuvens vermelhas pairavam ao redor, com luzes púrpuras surgindo vez ou outra. O cenário era medonho, misterioso e angustiante.
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Cecília tinha chegado a pouco no acampamento do Exército do Reinado, estava curiosa e apreensiva. Ela tinha vindo de longe, muito longe e veio parar justamente ali. Levou um tempo para se habituar, mas como era uma aventureira de certa experiência logo descobriu “onde” estava. Embora essa resposta ela já soubesse e sua pergunta fosse outra, até que soube sobre o chamado de Lady Shivara. A batalha pelo Forte Amarid. A garota Maedoc logo concluiu que sabendo o que sabia e sendo a própria reencarnação da Rainha Eterna, poderia fazer história (ou refazer).
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Guil andava por entre as tendas, incerto. Ele já havia enfrentando aquele aquele inimigo antes, mesmo que não da maneira que gostaria, porém o mais angustiante era que mesmo assim ele não sabia muito, apenas que tudo era Vermelho. Estava ali por experiência, precisava ser mais forte e para isso precisava aprender sobre a Tormenta e seus demônios, só assim poderia erradica-los de uma vez.
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Kanoi era o único Velocis ali, e apesar de tantas peculiaridades, atraia olhares. Usava roupas simples e armas únicas e a visão do horizonte lhe perturbava. Ele queria esquecer aqueles que o expulsaram, mas qual seria a força do inimigo? Em alguns segundos Kanoi começou a sentir o cheiro das latrinas com seu faro aguçado e aquilo o incomodou imediatamente.
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Missão. Era por isso que Thelfinrinn estava ali, no meio daqueles soldados, alguns anões e poucos iguais a ele. O Forte Amarid no horizonte era, por falta de uma palavra mais sofisticada, assustadoramente misterioso. O que havia lá? Demônios, dos quais os poucos sobreviventes falavam? Demônios capazes de lhe fazer ficar louco? Era para isso que estava ali, pois sua deusa pedira.
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Kazuma olhava para o forte Amarid. A Tormenta. Ele teria que lidar com ela, teria que lidar. Com seus punhos que aprendeu a usar com seu mestre monge e com as demais técnicas que aprendeu com sua mestra posterior. Não haveria espaço para atos públicos ali, em breve haveria apenas sangue e ácido e aquele exército tinha de vencer, tinha que triunfar perante os demônios e ajudar as pessoas.
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O Homem Crocodilo tinha vindo de longe e não se preocupava com os olhares que atraía. Ele era grande, com descendências poderosas. Quem era aqueles demônios perante ele? Lutaria com a chamada "Tormenta" porque parecia uma boa ideia, divertida e não tinha nada melhor pra fazer.
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A calmaria antes da batalha era angustiante, mas os soldados sabiam se distrair e quem mais estivesse ali também poderia. Que tal o calor entre as pernas de uma mulher? Ouvir as canções de um bardo? Comprar itens interessantes para a batalha? Jogar alguns dados ou quem sabe tentar falar com algum herói famoso, como Arkam ou Vectorius... Ou Aldred Maedoc II e Therese.
OFF:
Seguinte pessoal, descrevam como passam esse dia. Podem pagar uma prostituta (2 TP); podem pagar um bardo para cantarem para vocês (1 TO); comprar itens no valor máximo de 1000 TO (itens específicos exigem testes, na dúvida me perguntar, caso contrário, só dizer que comprou)(itens normais custam 5% a mais aqui, ou fazer um teste de Obter Informação 15 para achar por um preço normal ou pedir Diplomacia/Enganação para baixarem o preço); Jogar dados com os soldados ou tentar falar com alguma figura famosa.
As ações podem gerar premiações interessantes e a interpretações rendem mais XP. Façam 1 ou 2 ações, pois na manhã seguinte ocorre a batalha.