Parte 4: O Subterrâneo
Os Vingadores de Arton decidiram seguir pelo corredor leste e encontraram paredes escavadas rusticamente cheias de vinhas vermelhas emboloradas por fungos púrpuras. A luminosidade escarlate dava uma sensação de perigo à espreita de qualquer minúscula sombra. O chão era revestido por plantas mortas, restos da carne de animais que ainda pulsavam brevemente e alguns ossos retorcidos. Sakura derramou uma lágrima murmurando que ali a natureza estava morta.
Estavam adentrando uma lugar profundamente ligado à Tormenta.
Após cinco minutos andando em fila de duplas, sentiram calor. Após dias acostumados com o frio da Fortaleza Carmesim, perto de seu epicentro o calor emanava doentio. A abertura do corredor despontava à frente mais ampla do que a entrada anterior. Havia um pátio murado por paredes de pedras pesadas onde veias rubras como vinhas se espalhavam. Diversas variedades de plantas cresciam deturpadas pelo chão arenoso. Nada disso, entretanto, chamava tanta atenção quando o que estava no centro do pátio.
Sob a luz escarlate dos fungos emergia uma árvore gigantesca com a copa cheia de folhas vermelhas afiadas como navalhas. O tronco tinha aspecto de carne, cheio de olhos amarelos doentios mirando diversas direções aleatórias. Seus galhos eram de um vermelho enegrecido e retorcido se elevavam como uma mão esquelética abrindo caminho a partir da terra. Suas raízes pareciam ossos, garras macabras. Ao lado da aberração havia dois homens e uma mulher, além de um sapo gigante com crostas rubras nas costas. Um dos homens tinha um capuz e seu rosto era coberto por veias vermelhas. Seus olhos brilhavam sem íris. O outro homem era um guerreiro de brunea e uma grande espada em mãos, mas sua pele era esbranquiçada, quebradiça. Seu rosto em decomposição com cracas saindo pelo pescoço e olhos profundamente vermelhos denotavam a corrupção do morto-vivo. A mulher tinha o rosto tomado por veias vermelhas a exemplo do homem de capuz, usava uma roupa leve e um robe rasgado e aberto. Seus olhos brilhavam também intensamente.
A simples visão da Árvore da Tormenta atingiu a mente de
Aldred,
Jihad e
Ash sentiram um terrível frio na espinha.
Aldred sentiu a sua força esvair, sua katana mais pesada. Sentia o embrulho no estômago, as pernas vacilantes. Sentia um terrível medo daquela árvore devastadora.
Ash, por outro lado, começou a chorar compulsivamente, abatido por uma profunda tristeza.
Jihad viu Flora correndo livre e alegremente em torno da árvore.
Venha Jihad, só falta você! Encoste na árvore, adore o deus. Nós viveremos felizes para sempre.
Disse com um sorriso meigo que somente o feiticeiro conseguia ver.
Após o baque, o susto, o homem encapuzado se colocou à frente dos outros ao lado de seu gigantesco sapo.
Seus corpos estão cansados de tanta luta. Suas mentes, exauridas por não aceitarem o deus. Antes de desperdiçar suas vidas em uma luta inútil, não gostariam de entender o que está acontecendo? Eu sou Crisann, o Druida da Tormenta. Estes são Edgard e Sharwyn, meus discípulos no caminho da devoção vermelha. Edgard, infelizmente, aceitou Aharadak apenas após sua morte, mas Sharwyn aceitou prontamente o alívio em sua mente.
Edgard era o irmão de Trysha e Sharwyn a maga de seu grupo. Ela sorria maliciosamente.
Aharadak é bom. Arton é imunda. A Tormenta veio para nos livrar do sofrimento, para cuidar de nós que aceitarmos... você deveria fazer o mesmo, Jihad. Sei que é um feiticeiro, sei que o poder em seu sangue aumentará infinitamente.
O guerreiro zumbi mantinha-se em silêncio, espada de duas mãos repousada.
Toquem a Árvore da Tormenta, aceitem Aharadak e alcancem a paz sublime. Sakura, Fargrimm, eu sei que vocês servem a deuses artonianos, mas eles são fracos e mesquinhos. Eu fui um filho de Allihanna, mas reneguei minha mãe desnaturada. Aharadak é um pai melhor.
Suas palavras tinham forças. Todos os aventureiros sentiam como se o chão se movesse com a voz ecoando de Crisann.
Nota do Mestre:
Aldred, Jihad e Ash receberam 5 Pontos de Insanidade.
Aldred sofre o efeito de medo (abalado, -2 em ataques, testes de habilidade, perícias e resistências).
Jihad sofre o efeito de alucinações (Desprevenido, CA -4)
Ash sofre o efeito de tristeza (só pode realizar uma ação padrão ou movimento por rodada, gastando a outra para chorar e se lamentar).
Dados dos Personagens: Inventário, XP, Riquezas
- Aldred C. Maedoc III <>
PV: 35/14
PA: 0
PE: 6
CA: 18/22 <>
Amaldiçoado: - <>
Condição: Resistência [24 horas];
armadura arcana [441 rodadas]; Postura: Pata do Leopardo; abalado [1ª rodada]
- Ash <>
PV: 19
PA: 1
PM: 9/3
CA: 13/17 <>
Flechas: 36 <>
Músicas de Bardo: 7/2 <>
Condição: Resistência [24 horas];
virtude [24 horas];
armadura arcana [441 rodadas]; tristeza [1ª rodada]
- Fargrimm Deepforge <>
PV: 30/5
PA: 1
PM: 10/0
CA: 12 <>
Virotes: 19 <>
Canalizar Energia Negativa: 3 <>
Comunhão com as Sombras: 1/0 <>
Patriota: 2/1 <>
Magias Preparadas: curar ferimentos leves, curar ferimentos leves, infligir ferimentos leves, infligir ferimentos leves, escudo da fé, perdição, comandar. <>
Condição: Doente (DES 7, CON 6; PV 17);
Resistência [24 horas]
- Ladon Brimstone <>
PV: 40/4
PA: 0
CA: 16 <>
Fúria: 1 <>
Condição: Resistência [24 horas]; Normal
- Scarlata Jihad <>
PV: 27
PA: 1
PM: 14/2
CA: 14/18/14 <>
Voo 1/0 <>
Desejo: 1/0 <>
Condição: Resistência [24 horas];
armadura arcana [443 rodadas]; alucinações [1ª rodada], desprevenido
Próxima Atualização: 16/08
