Capítulo 2 - Planos de Liberdade
A caverna era um local rústico e modesto, quase que selvagem. O chão era de terra, as paredes de pedra natural, sem nenhum sinal aparente da ação de povos civilizados. Talvez o local tivesse sido deixado de lado por não possuir nenhum mineral precioso, assim como várias outras como ela na região. A entrada era uma área pequena, no meio de um bosque não muito longe da cidade, mas após se espremer por uma fissura adentrando no escuro, um espaço maior se revelava. Uma fogueira ardia no centro agora, assim como algumas tochas foram acesas. A fumaça escapando por uma abertura vários e vários metros acima, até outra rede de túneis, que se estendiam para uma direção qualquer. Pelo menos era isso que o misterioso arqueiro havia dito.
O homem os havia guiado através das ruas de Villent, por becos e caminhos paralelos, longe da maioria dos olhares curiosos ou delatores, até que enfim saíram por um portão pouco usado e no momento sem nenhum vigia, talvez pelo foco que a praça havia tomado para si. Primeiro pelo Festival e depois pela luta violenta que se seguiu. Rapidamente o grupo precisou se afundar num matagal, passando uma área de vegetação alta, para que não fossem vistos, encharcando suas vestes, além do lodo que impregnou. Depois disso adentraram no bosque, com aquele arqueiro tomando bastante cuidado para apagar os rastros... Algumas vezes até criando pistas falsas, para despistar qualquer um que os seguissem.
Andaram muito pelo bosque ainda, quando finalmente o homem indicou a caverna. Talvez pudessem ter chegado antes, mas ele era cauteloso, confundido os sentidos, caso alguém os seguissem ou caso alguém ali tentasse gravar o caminho pela florestal. Talvez
Aedan fosse capaz, por isto sentia os olhos do homem sobre ele com frequência.
A caverna também contava com umas duas barracas e sacos de dormir espalhados. Além de arcos e flechas armazenados num canto. O corpo da clériga estava embrulhado numa lona agora, pois seria enterrada em breve. O homem teve a bondade de acomodar os ex-prisioneiros num canto, mas logo veio ter com o grupo. Ele retirou seu capuz e a máscara do rosto. Era um tanto jovem e possuía cabelos claros e compridos e pareciam terem sido cortados com uma faca de caça. O rosto quadrado tinha uma barba por fazer e os olhos claros possuíam uma expressão séria, mas ao mesmo tempo amigável e preocupada. Era possível perceber agora seus braços desnudos e torneados, talvez dos anos de arquearia. Usava uma capa curta e em volta do pescoço, de um vermelho desbotado. Armadura de couro e calças do mesmo material surrado. Assim como as botas, que já haviam visto dias melhores. Trazia uma aljava nas costas e o arco havia sido posto de canto.
- Thomas, Aleph e Troy... - começou - estes eram os nomes dos homens que perdi hoje.
Ele mesmo sentou-se, apoiado numa rocha. Soltou um grunhido de dor, pelo ferimento no abdômen.
- Me chamo Brandon. Hoje nós iríamos lançar um ataque coordenado no Festival do Expurgo... Iríamos libertar as pessoas, mas principalmente - ele parou alguns segundos, parecia incerto se diria algo - Iríamos libertar minha irmã, capturada por Cutelo e seus homens. Meus homens estavam se posicionando, assumiríamos posições estratégicas nos telhados, tentávamos ser rápidos, mas precisamos que Cutelo chegasse para a segunda parte da cerimônia, mesmo que custasse caro... Mas então uma flecha foi disparada. Pensei num primeiro momento que alguém havia se precipitado, mas logo me convenci de que não era um dos meus. Tudo se perdeu naquele momento, todo o plano, toda a estratégia... Tivemos que atacar e nesta peleja, meus homens pagaram. Não pensem que me sinto arrependido e sei também que eles não sentem, eles sabiam o que fariam e se juntaram a mim por livre e espontânea vontade, sabia as coisas que estavam em risco e pelo o que lutavam.
Brandom levantou-se com dificuldade, por causa de seu ferimento, chutando a terra, parando de costas para o grupo, mirando a fogueira.
- Minha irmã não estava lá, talvez viesse depois, talvez esteja na fortaleza do Cutelo... Talvez já esteja morta. Eu apenas sei que preciso ter certeza e a única maneira de fazer isto agora é invadindo o complexo do anão. Meus homens morreram, estou sozinho, entretanto... Eu vi como lutaram lá. Derrubaram guardas e clérigos, avançaram para proteger e libertar essas pessoas. Talvez vocês possam... Talvez possam me ajudar a resgatar minha irmã e os outros prisioneiros! A atitude de vocês mostraram para mim o valor que possuem, até mesmo a flecha no coração da clériga, um ato misericordioso. Eu não não tenho nada com que possa lhes pagar, se é isso que procuram... Talvez seja apenas um tolo em acreditar em vocês, mas muitas vezes, atos falam muito sobre cada um. Mas garanto que não procuro nenhuma riqueza, apenas salvar aquelas vida e admito, principalmente a de minha irmã. Qualquer riqueza que por ventura encontrem no local, é de vocês... Isto é claro, se aceitarem me ajudar.
Dados dos Personagens
Cecília: <>
PVs: 10/10;
PMs: 2/7;
PEs: 0/0;
PAs: 1;
CA: 20/12 <>
Condição:
Aedan Runargo: <>
PVs:17/17;
PMs: 0/0;
PEs: 0/0;
PAs: 2;
CA: 17/17 <>
Condição:
Jackson Krowley: <>
PVs: 05/22;
PMs: 0/0;
PEs: 0/0;
PAs: 1;
CA: 16/16 <>
Condição:
Angra: <>
PVs: 22/22;
PMs: 0/0;
PEs: 0/0;
PAs: 1;
CA: 19/19 <>
Condição:
Jay: <>
PVs: 08/13;
PMs: 0/0;
PEs: 0/0;
PAs: 1;
CA: 17/17 <>
Condição: