ERA DE ARSENAL | Ato I - Paz Sufocada

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John Lessard
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Re: ATO I - PAZ SUFOCADA

Mensagem por John Lessard » 10 Fev 2018, 18:36

Capítulo 1 - Flechas Rebeldes

Cecília avançou, irritada com Aedan. Virou-se para ele, disparando seu feitiço, que desviou-se no último instante, rodopiando pelo ar e indo de encontro ao peito do clérigo da Conquista mais atrás. Os orbes explodiram contra seu peito, o derrubando, fazendo com que batesse suas costas no chão com força. O arqueiro avançou alguns passos e disparou outra flecha contra o clérigo da guerra que estava apoiado na cerca, cravando uma flecha em seu peito. O homem encarou aquilo e deixou que seu sangue escorresse por sua boca, incrédulo. Os guardas mais atrás dispararam com suas bestas, mas pareciam terem perdido a convicção, com seus virotes acertando madeira e o chão da praça. Aedan avançou em seguida, disparando uma flecha também, que afundou-se no abdomen do homem, que caiu de bruços, derrotado.

O último dos arqueiros apontou seu arco para os últimos guardas.

- Acabou, as chaves, desgraçados!

Os homens se olharam e um deles arremessou um molho de chaves no chão, que o homem apanhou rapidamente e se pôs a abrir as jaulas, enquanto a dupla fugia.

- Vamos, vamos... Ela não está aqui, não está aqui...

De dentro das caixas de metal gradeadas, saíram duas jovens de quase quinze anos. Uma delas tinha os cabelos castanhos e olhos amendoados, a outra era loira, com seus cabelos de uma tonalidade que parecia palha. Havia também um jovem rapaz de cabelos negros bem aparados, vestindo trapos. O arqueiro não aprecia ter encontrado quem procurava, porém o som de homens marchando e cavalos chamou a atenção de todos.

- Tem mais deles vindo... Maldição, precisamos ir! Vocês, se prezam por suas vidas, venham comigo - disse o arqueiro, antes de virar as costas e correr.
Cecília 300 XP
Aedan 300 XP
Jay 300 XP
Jackson 300 XP
Angra 300 XP
Dados dos Personagens

Cecília: <> PVs: 10/10; PMs: 2/7; PEs: 0/0; PAs: 1; CA: 20/12 <> Condição:
Aedan Runargo: <> PVs:17/17; PMs: 0/0; PEs: 0/0; PAs: 2; CA: 17/17 <> Condição:
Jackson Krowley: <> PVs: 05/22; PMs: 0/0; PEs: 0/0; PAs: 1; CA: 16/16 <> Condição:
Angra: <> PVs: 22/22; PMs: 0/0; PEs: 0/0; PAs: 1; CA: 19/19 <> Condição:
Jay: <> PVs: 08/13; PMs: 0/0; PEs: 0/0; PAs: 1; CA: 17/17 <> Condição:
Personagens em Pbfs:
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Aldenor
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Re: ATO I - PAZ SUFOCADA

Mensagem por Aldenor » 11 Fev 2018, 08:14

Cecília aproximava-se do ponto central da batalha campal na praça daquela grande cidade. Sua magia derrubou o clérigo e deixou a garota surpresa.
Cecília
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Era isso? Nossa, eu achei que...
E parou de falar quando se aproximou das jaulas de ferro onde os arqueiros abriam com as chaves dos guardas rendidos. A mulher ruiva em armadura e o meio-orc machucado estavam ali também.
Cecília
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Eu sou Cecília Hagar Maedoc, a Rainha Eterna, e vim resgatá-los.
Se apresentou para todos fazendo uma mesura digna de quem nasceu em um berço privilegiado e deu uma piscada para a mulher ruiva em especial. Depois concentrou-se nos prisioneiros resgatados. Quando ouviu o barulho dos cavalos ao longe.
Cecília
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Olha, não sei muito bem o que está acontecendo, nem sou de me meter em confusão com a lei, mas agora que já fiz tudo isso e derrotei um clérigo, estou envolvida. Vamos seguir os arqueiros!
Disse se colocando a seguir os rebeldes.
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Mælstrøm
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Re: ATO I - PAZ SUFOCADA

Mensagem por Mælstrøm » 11 Fev 2018, 08:58

Não havia necessidade e ele nem estava em posição de se impor com sua malícia e maldade habituais. Por isso, quando os clérigos foram derrotados e os arqueiros liberaram os prisioneiros para o sacrifício bárbaro, Jay tirou sua bandana e abriu sua jaqueta revelando seu corpo definido e esguio. O jovem moreau tinha orelhas de gato, pontudas no topo da cabeça e peludinha. Seus olhos de cores diferentes agora expressavam alívio genuíno.
Jay
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Oi, oi, oi. Jay aqui. Para aonde vai nos levar, senhor rebelde?
Chegou se apresentando aos que estavam reunidos perto das jaulas e se dirigiu ao arqueiro que demonstrou preocupação com o som dos cavalos se aproximando.
Jay
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Oh sim, sim, cavaleiros são um problemão mesmo.
Agora ele perguntava, agora ele corria.

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Kairazen
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Re: ATO I - PAZ SUFOCADA

Mensagem por Kairazen » 11 Fev 2018, 09:19

Jackson abriu um sorriso ao ver que seu ataque tinha pego no clérigo, o suficiente para obriga-lo a recuar para se curar, pelo menos tinha parado com aquele discurso idiota. Ele estava preparado para sair dali e finalizar com ele, mas orbes de luz vão atingi-lo e derruba-lo, ao procurar quem tinha feito aquilo, vai ver a garota que estava do lado dele vendo a execução da clériga, era bom ver que ela estava do lado deles. Quando ela chegar e se apresentar, Jackson vai dizer:
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Muito prazer, sou Jackson Krowley. E obrigado por cuidar daquele clérigo.
Ao ouvir o som dos cavalos, e perceber que Cecilia tambem não sabe do que está acontecendo ali, um dos arqueiros vai dizer para segui-lo, e parecia ser a decisão mais assertiva, mas antes Jackson vai correr para dentro da arena e pegar o corpo da clériga, e voltando para Cecilia e Cabelos de Fogo vai dizer:
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Ela merece um enterro digno.
Apos isso vai seguir o arqueiro.

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Aquila
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Ato I - Paz Sufocada

Mensagem por Aquila » 11 Fev 2018, 12:19

Aedan

Os gritos de dor e aço cessam quando o sacerdote é derrotado e os guardas se rendem, restando no vento apenas o som da respiração pesada dos vitoriosos e os gemidos sufocados dos sobreviventes.

Aedan corre até o centro da praça com o arco preparado para qualquer surpresa, atento aos guardas subjugados e aos olhares curiosos que espreitam dos becos e janelas escuras da vila, mas seu ódio está concentrado no líder da execução, caído próximo da arena, sobre uma poça de sangue. Enquanto os rebeldes correm para libertar os prisioneiros, Aedan observa o homem caído com um olhar vazio (os sentimentos, como sempre, presos sob a máscara da indiferença), imaginando se está vivo ou morto, mas tudo que ele vê é a lembrança do rosto da sacerdotisa...

Aedan retesa o arco, pronto para disparar contra o homem, mas por algum motivo não consegue soltar a flecha.

"Que os deuses que despreza decidam o seu destino."

Ele então corre para cobrir os rebeldes, que começam a libertar os prisioneiros de suas jaulas, jovens como seus irmãos que ficaram em Duramar...
Arqueiro Rebelde
- Ela não está aqui, não está aqui...
"Então eles não eram o alvo do resgate...", pensa, olhando para o arqueiro com a visão periférica.
Arqueiro Rebelde
- Tem mais deles vindo... Maldição, precisamos ir! Vocês, se prezam por suas vidas, venham comigo.
- Espero que o plano de fuga seja melhor do que o plano de ataque - Aedan diz, rispidamente, correndo atrás do grupo, enquanto o guerreiro chamado Jackson corre para pegar o corpo da sacerdotisa.

"Claro que ela merece um enterro decente, assim como todos que se sacrificaram aqui...", pensa, olhando com seriedade para os corpos dos arqueiros que ficaram na praça. "Espero que seus sacrifícios não tenham sido em vão..."

- Precisamos de um caminho que os cavalos não podem seguir.
Aedan vai seguir o arqueiro, ficando na retaguarda para cobrir a retirada do grupo.
Editado pela última vez por Aquila em 15 Fev 2018, 13:39, em um total de 3 vezes.

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DiceScarlata
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Re: ATO I - PAZ SUFOCADA

Mensagem por DiceScarlata » 12 Fev 2018, 00:58

Angra Cabelos de Fogo
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*Cecilia ergueu as sobrancelhas quando o disparo mágico atingiu o clérigo que havia aceitado sua proposta de recuo. Olhou na direção e viu a bela jovem que conjurava tais feitiço. "Incrível" fora o que pensou. Quando acreditou que mais uma batalha viria contra o servo da guerra, sua vida fora encerrada também. Sentiu-se um tanto impotente. Tinha muito o que crescer ainda*

*Mas nada lhe deixou mais aliviada, do que ver aquelas meninas e o garoto, sendo tiradas das jaulas. Correu até elas, enquanto Cecilia se apresentava e lhe dava aquela piscada que a deixou sem jeito*


- Obrigada pelo auxilio. Eu teria caído sem a ajuda de sua magia... Err... hm... Majestade?

*Não acreditava que ela o era de fato, mas como apresentou-se como rainha e era dotada de grande poder, optou por ser respeitosa. Então ergueu seu escudo e usou como cobertura para os prisioneiros que fugiam. Se manteria próximos a eles, como sua protetora. Isso deveria ser capaz de fazer. Finalnente, em fuga, apresentou-se também*

- Venham por aqui! Meu nome é Angra dos cabelos de fogo! Tudo ficará bem agora.

*Viu Jackson carregando o corpo da clériga e sorriu*

- Obrigada, senhor. De verdade.

*E partiu com os demais.*
Oferecerei minhas coberturas aos fugitivos, os mantendo adjacentes a mim e partir com os arqueiros
Tribo Scarlata


- MUNDO DE ARTON: GRUPO MADEIRA DE TOLLON (on):Angra Cabelos de Fogo
- MUNDO DE ARTON: GRUPO AÇO-RUBI (on): Jihad das Areias Vermelhas
- MUNDO DE ARTON: GRUPO JADE (on):Sr. Fuu
- JOHNVERSE: PRESA DE FERRO (on): Jinx - Cruzado da Ordem dos cabeças de Dado
- JUDASVERSO: CRÔNICAS DA TORMENTA (on): Nagamaki no Gouka!
- FUI REENCARNADO COMO MONSTRO (on): Gizmo
- OUTONO (on): Sandman

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John Lessard
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Re: ATO I - PAZ SUFOCADA

Mensagem por John Lessard » 12 Fev 2018, 09:10

Capítulo 2 - Planos de Liberdade

A caverna era um local rústico e modesto, quase que selvagem. O chão era de terra, as paredes de pedra natural, sem nenhum sinal aparente da ação de povos civilizados. Talvez o local tivesse sido deixado de lado por não possuir nenhum mineral precioso, assim como várias outras como ela na região. A entrada era uma área pequena, no meio de um bosque não muito longe da cidade, mas após se espremer por uma fissura adentrando no escuro, um espaço maior se revelava. Uma fogueira ardia no centro agora, assim como algumas tochas foram acesas. A fumaça escapando por uma abertura vários e vários metros acima, até outra rede de túneis, que se estendiam para uma direção qualquer. Pelo menos era isso que o misterioso arqueiro havia dito.

O homem os havia guiado através das ruas de Villent, por becos e caminhos paralelos, longe da maioria dos olhares curiosos ou delatores, até que enfim saíram por um portão pouco usado e no momento sem nenhum vigia, talvez pelo foco que a praça havia tomado para si. Primeiro pelo Festival e depois pela luta violenta que se seguiu. Rapidamente o grupo precisou se afundar num matagal, passando uma área de vegetação alta, para que não fossem vistos, encharcando suas vestes, além do lodo que impregnou. Depois disso adentraram no bosque, com aquele arqueiro tomando bastante cuidado para apagar os rastros... Algumas vezes até criando pistas falsas, para despistar qualquer um que os seguissem.

Andaram muito pelo bosque ainda, quando finalmente o homem indicou a caverna. Talvez pudessem ter chegado antes, mas ele era cauteloso, confundido os sentidos, caso alguém os seguissem ou caso alguém ali tentasse gravar o caminho pela florestal. Talvez Aedan fosse capaz, por isto sentia os olhos do homem sobre ele com frequência.

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A caverna também contava com umas duas barracas e sacos de dormir espalhados. Além de arcos e flechas armazenados num canto. O corpo da clériga estava embrulhado numa lona agora, pois seria enterrada em breve. O homem teve a bondade de acomodar os ex-prisioneiros num canto, mas logo veio ter com o grupo. Ele retirou seu capuz e a máscara do rosto. Era um tanto jovem e possuía cabelos claros e compridos e pareciam terem sido cortados com uma faca de caça. O rosto quadrado tinha uma barba por fazer e os olhos claros possuíam uma expressão séria, mas ao mesmo tempo amigável e preocupada. Era possível perceber agora seus braços desnudos e torneados, talvez dos anos de arquearia. Usava uma capa curta e em volta do pescoço, de um vermelho desbotado. Armadura de couro e calças do mesmo material surrado. Assim como as botas, que já haviam visto dias melhores. Trazia uma aljava nas costas e o arco havia sido posto de canto.

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- Thomas, Aleph e Troy... - começou - estes eram os nomes dos homens que perdi hoje.

Ele mesmo sentou-se, apoiado numa rocha. Soltou um grunhido de dor, pelo ferimento no abdômen.

- Me chamo Brandon. Hoje nós iríamos lançar um ataque coordenado no Festival do Expurgo... Iríamos libertar as pessoas, mas principalmente - ele parou alguns segundos, parecia incerto se diria algo - Iríamos libertar minha irmã, capturada por Cutelo e seus homens. Meus homens estavam se posicionando, assumiríamos posições estratégicas nos telhados, tentávamos ser rápidos, mas precisamos que Cutelo chegasse para a segunda parte da cerimônia, mesmo que custasse caro... Mas então uma flecha foi disparada. Pensei num primeiro momento que alguém havia se precipitado, mas logo me convenci de que não era um dos meus. Tudo se perdeu naquele momento, todo o plano, toda a estratégia... Tivemos que atacar e nesta peleja, meus homens pagaram. Não pensem que me sinto arrependido e sei também que eles não sentem, eles sabiam o que fariam e se juntaram a mim por livre e espontânea vontade, sabia as coisas que estavam em risco e pelo o que lutavam.

Brandom levantou-se com dificuldade, por causa de seu ferimento, chutando a terra, parando de costas para o grupo, mirando a fogueira.

- Minha irmã não estava lá, talvez viesse depois, talvez esteja na fortaleza do Cutelo... Talvez já esteja morta. Eu apenas sei que preciso ter certeza e a única maneira de fazer isto agora é invadindo o complexo do anão. Meus homens morreram, estou sozinho, entretanto... Eu vi como lutaram lá. Derrubaram guardas e clérigos, avançaram para proteger e libertar essas pessoas. Talvez vocês possam... Talvez possam me ajudar a resgatar minha irmã e os outros prisioneiros! A atitude de vocês mostraram para mim o valor que possuem, até mesmo a flecha no coração da clériga, um ato misericordioso. Eu não não tenho nada com que possa lhes pagar, se é isso que procuram... Talvez seja apenas um tolo em acreditar em vocês, mas muitas vezes, atos falam muito sobre cada um. Mas garanto que não procuro nenhuma riqueza, apenas salvar aquelas vida e admito, principalmente a de minha irmã. Qualquer riqueza que por ventura encontrem no local, é de vocês... Isto é claro, se aceitarem me ajudar.
Dados dos Personagens

Cecília: <> PVs: 10/10; PMs: 2/7; PEs: 0/0; PAs: 1; CA: 20/12 <> Condição:
Aedan Runargo: <> PVs:17/17; PMs: 0/0; PEs: 0/0; PAs: 2; CA: 17/17 <> Condição:
Jackson Krowley: <> PVs: 05/22; PMs: 0/0; PEs: 0/0; PAs: 1; CA: 16/16 <> Condição:
Angra: <> PVs: 22/22; PMs: 0/0; PEs: 0/0; PAs: 1; CA: 19/19 <> Condição:
Jay: <> PVs: 08/13; PMs: 0/0; PEs: 0/0; PAs: 1; CA: 17/17 <> Condição:
Personagens em Pbfs:
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Aldenor
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Re: ATO I - PAZ SUFOCADA

Mensagem por Aldenor » 12 Fev 2018, 11:41

Cecília se divertiu sendo chamada de "majestade" por Angra dos Cabelos de Fogo.
Cecília
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Ahahahahaha... Pode me chamar só de Cecília, eu não tenho nenhum reino ainda.
E seguiu com os fugitivos e os prisioneiros.

O bando percorreu pelas ruelas de Villent com rapidez, guiados pelo misterioso arqueiro rebelde até encontrarem uma saída não vigiada. Cecília estava exultante, não contendo o deslocado sorriso de seu rosto. A vida inteira esteve no conforto alienante de Valkaria enquanto o mundo queimava e agora estava vivenciando as agruras da realidade, mas como uma espectadora. Não conhecia os mortos, não conhecia os prisioneiros, não conhecia ninguém. Por mais empática que fosse, por mais preocupação que tivesse em ajudar quem sofria pela opressão e tirania daquele festival absurdo, Cecília sentia-se mais animada pela aventura do que comovida pelo sofrimento alheio.

Quando eles chegaram à caverna e, depois, ao esconderijo nas profundezas da rocha, Cecília andou pelos cantos com as mãos na cintura, olhando tudo em volta e se decepcionou um pouco pelo tamanho diminuto daquela rebelião. Depois, Brandon explicou que estavam em busca de sua irmã, não era uma tentativa de derrubar o poder vigente ali. Foi assim que ela também entendeu que o arqueiro barbudo não fazia parte dos planos, era alguém solitário e que havia atrapalhado tudo.
Cecília
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Parece que você se precipitou.
Cecília ainda lembrava da tentativa de agarrá-la no meio do combate como se ela fosse alguém frágil. Ressentia-se com isso, mas continuou:
Cecília
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Mas de qualquer forma, seu ato foi corajoso e piedoso, como Brandon disse. Se os arqueiros dele esperassem mais, a clériga sofreria ainda mais.
Disse antes de se dirigir à todos.
Cecília
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Olha, eu não conheço vocês... mas sou uma aventureira novinha de dezesseis anos apenas. E quero muito... digo, preciso muito melhorar minha magia e quanto mais eu a uso, melhor eu a controlo. Eu venho de Valkaria e minha família me protegeu dos horrores desse mundo maluco, mas eu sei que tem muita coisa errada. E eu não posso simplesmente ficar parada olhando, sabe?
Ela andou em círculos olhando para o horizonte.
Cecília
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Então, antes de aceitar o pedido do Brandon, é legal que todo mundo se apresente e fale o que deseja com tudo isso, sabe? Acho que seria legal.
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Aquila
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Ato I - Paz Sufocada

Mensagem por Aquila » 12 Fev 2018, 15:19

Aedan

Aedan se sentiu aliviado quando finalmente deixou os limites daquela cidade vagabunda, embrenhando-se em território selvagem, os únicos lugares que para ele continuavam intocados pelo ódio e pela loucura que se espalhou pelo mundo.

Depois de semanas viajando pelo reino, tentando se afastar de seu passado, cidades como aquela não eram estranhas para o rastreador, que inicialmente aumentava o passo sempre que as avistava no horizonte, seguindo com ansiedade para as tavernas e praças movimentadas, em busca de informações e contratos de caça, mas, depois de um tempo, apenas as regiões ermas pareciam aplacar a raiva que crescia em seu peito por causa de tudo que descobria, como se o mundo antes estivesse encoberto por uma neblina densa que aos poucos desvanecia.

Aquele bosque devia ser muito bonito em um dia ensolarado, mas a chuva lúgubre que caia sobre as árvores cinzentas parecia refletir a confusão no espírito de Aedan.

A morte da sacerdotisa ainda o perturbava, principalmente depois da derrota do sacerdote profano que celebrava a execução, fulminado pelos esforços de todos que se ergueram da multidão contra aquele espetáculo doentio. A imagem do rosto resignado da mulher parecia sufocá-lo como a lembrança de um pesadelo, não por arrependimento ou culpa, mas por causa da raiva que o consumia por causa de seu próprio medo... Medo que pareceu aumentar quando olhou pela primeira vez nos olhos instigantes da garota que seguia à frente do grupo, brilhando como uma luz no meio de toda aquela escuridão.

Mas não era apenas ela que brilhava.

Enquanto seguia pelo bosque, cobrindo seus passos com a naturalidade de quem viveu anos sendo perseguido, Aedan observa de longe o grupo que segue o rebelde, formado por pessoas que pareciam surgir naquele momento apenas para reforçar sua esperança no mundo.

- Eu apago os rastros - disse, em um tom um pouco grosseiro, quando viu o que o rebelde pretendia. - Precisamos avançar mais rápido, se quisermos despistar nossos perseguidores... - O homem sangrava e os passos profundo do guerreiro denunciavam que estava sobrecarregado pelo peso da sacerdotisa... - Aumente o passo de todos, eu cuido dos rastros.

Aedan se deixou ficar um pouco para trás, para cuidar dos rastros e observar o bosque com mais atenção, longe do olhar desconfiado do rebelde, alcançando o grupo quando já estavam diante do esconderijo. O lugar era simples, nada mais do que um lugar seco para passar a noite, mas para ele parecia perfeito.

- Deixe-me dar uma olhada nesse ferimento... - disse, se aproximando para ajudar o arqueiro, enquanto ele contava sua história... O homem não era um rebelde no fim das contas, mas Aedan não tinha certeza se isso não tornava tudo ainda pior.
Cecília
- Parece que você se precipitou. Mas de qualquer forma, seu ato foi corajoso e piedoso, como Brandon disse. Se os arqueiros dele esperassem mais, a clériga sofreria ainda mais.
- Por que eu podia ter matado a irmã dele - disse, sem emoção, como se a possibilidade não mudasse nada, concentrado em cortar trapos para enfaixar o ferimento do homem, sem encarrar o olhar de ninguém. - Fiz o que tinha de fazer - disse, tentando convencer a si mesmo. - Não podia deixar que aquela exibição doentia continuasse... - olhando para o arqueiro com um brilho frio no olhar.

- Eu sou Aedan - disse, finalmente, depois de Cecília se apresentar. - Eu era um caçador, em Duramar, na fronteira com Tyrondir. Passei muito tempo fazendo parte dessa 'loucura', como Cecília disse, mas decidi abandonar tudo antes de me tornar um 'deles'. Achei que me afastar resolveria tudo, mas fingir que nada está acontecendo é ainda pior do que a ignorância. Não posso mais virar as costas sabendo de tudo que está acontecendo. Vou ajudá-lo a resgatar sua irmã, Brandon, mas antes, preciso saber exatamente pelo que estamos lutando e o que vamos enfrentar.

- Por que sua irmã foi capturada, Brandon? O que esse Cutelo pode querer com ela?
Notas
Aedan vai tentar ajudar o rebelde a apagar os rastros do grupo durante a travessia do bosque. Aedan imagina que ferido e preocupado, o rebelde pode cometer um erro que colocaria o restante do grupo em perigo, então pretende assumir (ou dividir) a tarefa. Depois disso, quando estão no esconderijo, vou me oferecer para ajudá-lo com Primeiros Socorros, como uma forma de me manter próximo ao diálogo de uma forma mais natural. Pensei em ajudar os prisioneiros, mas apenas depois da discussão.

Ainda tenho algumas perguntas para fazer ao rebelde, mas elas dependem das respostas das atuais.

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Kairazen
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Re: ATO I - PAZ SUFOCADA

Mensagem por Kairazen » 14 Fev 2018, 09:51

Jackson vai dar um sorriso para Cabelos de Fogo, não sabia como lidar com elogios, nunca havia recebido muitos ao longo da vida. A fuga deles levou ele por um longo caminho em meio a mata, aqueles rebeldes sabiam mesmo como se esconder, seria impossível os soldados acharem eles agora. Jackson carregou o corpo da clériga, e quando olhava para ela pensava, o que sera que ela havia passado, para ter chegado ate ali, será que havia sido aventureira? Ou apenas cuidadora de um Templo de Marah, coisas que haviam se tornado escassas nos últimos tempos com a ascensão de Arsenal ao poder, ela merecia uma morte melhor, sem sombra de duvidas, pelo menos um enterro digno ela teria. Ao chegar ao local de encontro dos rebeldes, vão encontrar o que parece o líder deles, um homem chamado Brandon, ele que havia coordenado aquele ataque ao Festival do Expurgo, ele vai contar sua historia, sobre sua irmã que esta em posse do Cutelo, que poderia estar ate mesmo morta, Jackson vai olhar para a clériga em seus braços e responder:
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Bom, não estou a procura de recompensas, tudo o que quero são informações para voltar a minha cidade natal, Smokestone, então se aventurar pode acabar sendo a melhor maneira de fazer isso, ao mesmo tempo podemos salvar umas vidas.
A moça que estava com eles vai pedir para que eles se apresentem, Jackson vai responde-la:
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Eu me chamo Jackson Krowley, e venho de Smokestone.
Apos se apresentar, Jackson vai falar para Brandon:
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Existe algum clérigo aqui? Para podermos enterrar ela com os ritos necessários.

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