ERA DE ARSENAL | Ato II - O Vale Sob o Olhar do Feiticeiro

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John Lessard
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ERA DE ARSENAL | Ato II - O Vale Sob o Olhar do Feiticeiro

Mensagem por John Lessard » 31 Jul 2018, 08:07

PRÓLOGO | Recomeço

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O chacoalhar da carroça acordou Angra, num sobressalto, olhos abertos e vidrados. O céu era azul, límpido e Azgher brilhava imponente. Era um dia lindo, que inspirava coragem e gratidão, mas não para ela. O céu estava bloqueado pelas grades da jaula. Dos lados e no teto. Suas mãos e pés, acorrentados. Despida de sua armadura, incapaz de imaginar onde estaria sua espada e escudo e furtada de sua dignidade, seguia jogada num carroça que fedia a urina, vestindo apenas calças surradas e uma camisa de linho.

Suas lembranças dos últimos dias e acontecimentos eram poucas e misturadas, mas todas elas eram horrorosas. Por algum motivo havia sobrevivido ao golpe de Gordrimm, e era difícil determinar se isto era uma benção ou maldição. Acordara numa masmorra, largada e acorrentada. Os anões tiveram o prazer de contar que todos seus amigos estavam mortos, lhe bateram, a deixaram nua, alisaram seu corpo, a observaram… Mas não a violaram, havia ordens, e isto não poderia deixar de ser pior.

Angra ganhou roupas ordinárias e foi jogada numa jaula, esta por sua vez, estava alocada em cima de uma carroça, puxada por bois. Agentes do Império iriam levá-la até Warton, os motivos, ela não saberia dizer. Passou pela cidade, onde uma fileira de pessoas lhe arremessava frutas e legumes podres, aquela que liderou os rebeldes, tentando acabar com o Império da Conquista. Uma pária, insolente, sem direito a nenhum respeito.

Quando passou pela praça central, um nó se formou em sua garganta, seus olhos se encheram de lágrimas, junto do aperto no peito. O horror, a crueldade, presente no mesmo lugar onde tudo aquilo havia começado. Brandon havia sido crucificado, nu, para que todos vissem, surrado e sem uma das mãos, amarrado de maneira desleixada, com cordas velhas. Seus outros amigos não estavam ali… Talvez, apenas um ato mesquinho e maldoso para atingir Yela.

Já passava do meio dia e Angra sentia fome, sabia que deveria chegar viva, ou aquela viagem não faria sentido, mas os homens que a levavam, tinham seus próprios meios de tortura-la, e lhe dariam água e comida quando quisessem. Ao todo eram cinco, três guerreiros armados com alabardas e trajando cotas de malha, que vigiavam a carroça de perto sempre, um de cada lado e um na retaguarda. O quarto era um homem mais bem equipado, carregava uma besta pesada, uma espada bastarda nas costas, junto de um escudo pesado. Sempre estava um pouco distante, olhando os arredores.

O último e quinto membro que conduzia a carroça, Angra sabia se chamar Tibero Rex. Estava no comando e os demais falavam seu nome com mais frequência. Era um homem grande, forte, com cicatrizes nos rosto e olhar cruel. Deveria possuir mais cicatrizes em outros pontos de seu corpo, mas não eram visíveis pela armadura completa que usava. Também carregava uma espada bastarda presa às costas.

Além dos olhares maldosos e postura militar ímpar, o que todos compartilhavam entre si, estampado em suas armaduras ou escudos, era o leopardo negro.

***

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Vanthuir Skullbringer estava conhecendo o mundo, o mundo quente fora das Montanhas Uivantes. Desde que ganhara seu nome e provara seu valor para sua tribo, havia saído em busca de mais. Aventuras, matanças e inimigos que lhe fizessem sentir algo a mais. Aprendeu cedo que o mundo era movido por dinheiro, com ele você comprava armas, armaduras, comida, cerveja, mulheres… Mas havia mais, o mundo era violento e o Império era governado por um Deus-Imperador Invencível, Mestre Arsenal.

Então a primeira coisa que chamava a atenção quando uma garota alada oferecia um serviço, não era suas asas e sim o dinheiro e a promessa de matar soldados de Warton.

Desde que saíra das Uivantes, a melhor coisa que Vanthuir havia encontrado era acompanhar uma pequena caravana, porém o mercador pagava pouco e nunca havia muita “diversão”. Com esta nova proposta, a de libertar uma prisioneira, guarnecida por os famosos Puristas do Império, era muito mais atrativa. 50 TO agora e mais 50 quando se encontrassem com o contratante em um vilarejo chamado Gallen.


Arekus Warhoof havia fugido de seu lar para ser um aventureiro. Mas o que isto significava? Assim que deixara Tapista do Norte e adentrara nos domínios do Império da Conquista, conseguiu a companhia de uma caravana, como um convidado, por seu nome, seu status. Segundo Pietro Laetrus, o comerciante responsável, contornariam as regiões mais centrais, onde a caça dos não-humanos era constante. Segundo ele, as coisas pareciam que iriam se tornar piores em pouco tempo e todo o império iria ser intolerante, mas enquanto isto não acontecia, ele ficaria feliz em viajar com o minotauro, até porque comercializava dentro de Tapista também.

Arekus porém não sentia-se um aventureiro, não como o bárbaro humano embrutecido que cuidava da segurança da caravana e recebia por isso. Ele era um convidado, não protegia nada, não se arriscava, comia junto de Pietro e seus empregados, ria com eles.

Então a oportunidade surgiu, junto de uma moça com asas vermelhas. Ela trazia uma proposta, dinheiro e uma aventura pela frente. Atacar um grupo de Puristas do Império e libertar uma prisioneira. Oferecia dinheiro e perigo. Aquilo era definitivamente o que aventureiros faziam.


Ikarus havia deixado a Ordem há alguns dias com a missão de encontrar Angra, que por sua vez procurava por seu mentor, Rodrik. Porém, o Império era hostil e a busca se mostrava infrutífera. Ouvia boatos, histórias sem nexo e até mentiras lhe atraindo para uma armadilha. Então veio a história de uma mulher de cabelos vermelhos atacando os chefões de Villent, não sabia se aquilo era verdade, mas não custava nada investigar, de qualquer forma, fosse quem fosse, estava presa.

Porém o destino parecia sorrir para Ikarus. Um mensageiro, durante um dia de céu azul, lhe abordou, entregando um saco de moedas e um bilhete ordinário. Nele havia informações sobre Angra, sobre onde uma suposta carroça que estaria lhe transportando e que o dinheiro no saco de estopa deveria ser usado para atrair aventureiros para que ela fosse libertada. Antes que Ikarus questionasse o mensageiro e também sua honestidade por transportar dinheiro sem nem sequer pensar em roubá-lo, ele havia sumido, a deixando apenas com as as letras no final da mensagem… RFR.

100 moedas de ouro mais rica, Ikarus procurou por aventureiros, porém seu tempo era curto. O bilhete deixava claro que o melhor dia para atacar seria amanhã, ao anoitecer, quando a carroça passaria pelo Passo do Javali, uma região mais afastada ao norte. Angra estava sendo guarnecida por Puristas de Warton, o que não facilitaria nada.

A jovem abençoada agora tinha dúvidas, pois a única opção que se mostrava diante dela era uma caravana que encontrou no meio do caminho, diante dela um bárbaro de semblante fechado e um minotauro empolado. Pelas suas contas deveria pagar 50 TO para cada um, caso aceitassem, e após o serviço, rumariam para Gallen, um pequeno vilarejo ao norte, onde o benfeitor misterioso iria pagar a outra metade do que fosse pago adiantado. Ikarus não saberia dizer se aquilo tudo era verdade, mas qualquer informação sobre Angra era bem vinda, ainda mais quando vinha acompanhada de dinheiro.
Notas do Mestre:

Ikarus, Arekus e Vanthuir começam juntos, liguei alguns pontos, mas não tomei a decisão por ninguém, a situação está diante de vocês, basta agora que interajam e decidam como irão prosseguir.
Dados dos Personagens

Ikarus: <> PVs: 20/20; PMs: 8/8; PEs: 0/0; PAs: 2; CA: 18/18 <> Condição:
Arekus Warhoof: <> PVs: 24/24; PMs: 0/0; PEs: 0/0; PAs: 2; CA: 19/19 <> Condição:
Angra: <> PVs: 29/29; PMs: 0/0; PEs: 0/0; PAs: 2; CA: 12/12 <> Condição:
Vanthuir Skullbringer: <> PVs: 38/38; PMs: 0/0; PEs: 0/0; PAs: 2; CA: 17/17 <> Condição:
Personagens em Pbfs:
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Mælstrøm
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Re: ERA DE ARSENAL | Ato II - O Vale Sob o Olhar do Feiticei

Mensagem por Mælstrøm » 03 Ago 2018, 11:26

Vanthuir aprendeu a viver sob a égide da civilização em poucas semanas e apreciava os prazeres fúteis, frívolos daquela gente de pele macia e rosto bobo. O chefe da caravana era um homem frágil como um bebê, um exemplar de civilização fajuta, com sua cara flácida. Alguém que usava metais preciosos para comprar a força dos outros. Em outros tempos, o orgulho de Vanthuir o impediria de fazer tal transação, mas ele sabia que ainda era novo, era jovem, era inexperiente, precisava resolver as questões no mundo de Arsenal de outras formas que não apenas sua força.

Mas ele ficaria melhor. Ele cresceria, se tornaria experiente e poderoso. E assim dependeria cada vez menos de moedas. Poderia ter tudo que quisesse com sua própria força. Para seguir a trilha do sangue e da violência, precisava testar seu poder o tempo todo, levar o desespero aos seus inimigos, matar e destruir. Quando viu a elfa alada, Vanthuir dedicou-lhe um olhar lupino.
Vanthuir
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Aceito sua oferta, mulher. Eu me chamo Vanthuir Skullbringer.
O bárbaro andava na retaguarda da caravana a fim de proteger ataques vindos de trás, enquanto dois frangotes andavam na vanguarda com suas maças. Eles manejavam as armas como se fossem brinquedos e isso irritava muito a Vanthuir.

O humano das uivantes, então, deu as costas à elfa e subiu na caravana por trás. Seu corpo era grande e musculoso, com o torso parcialmente nu. Seus cabelos eram negros e raspados nas laterais. Seu rosto ostentava uma juventude selvagem com olhos da cor do céu, cheios de intenção assassina. A mochila em suas costas era feita de couro de algum animal peludo e dividia espaço com um enorme machado de lâmina dupla. Ao subir na carroça, viu o minotauro confabulando com o chefe da caravana. Não havia falado com ele, nem havia se interessado. Ouvira histórias, em seu povo, sobre os minotauros do oeste. Eram uma raça de guerreiros, mas este não se parecia com um.

Tomou uma ânfora de vinho em suas mãos enquanto encarava o homem flácido.
Vanthuir
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Não trabalho mais para você. Não precisa me pagar.
E pulou para fora da carroça abrindo a tampa da ânfora com os dentes e bebendo um longo gole, limpando com as costas da mão um fio que escorreu de seus lábios.

Ofereceu à elfa voadora.
Vanthuir
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Aponte um caminho.

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DiceScarlata
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Re: ERA DE ARSENAL | Ato II - O Vale Sob o Olhar do Feiticei

Mensagem por DiceScarlata » 03 Ago 2018, 17:07

Angra Cabelos de Fogo
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*Os olhos não demoraram a se ajustar a escuridão... Seria bom se fosse o mesmo com o coração Angra. Quando abriu os olhos e sentiu os membros atados, foi atingida pelas memórias da batalha anterior. Jackson, Brandon, Yela, Jay... E Cecilia. Olhou para o próprio corpo despida e viu as cicatrizes da batalha. Quando tempo apagara? *

*Forçou. Forçou. Socou. No descontrole e desespero, pensou em amputar mãos e pernas (que por acaso, já sangravam pelo esforço. Mas a lembrança da filha e um pouco da razão ainda residia em si*

*E dessa forma a porta abriu. Os dois anões entraram. Angra conseguiu sentir um pingo de orgulho por não estar com o rosto ensopado de lágrimas como uma menininha chorona. Ergueu o queixo e perguntou serio*

Cabelos de Fogo
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- Onde...
Gordrimm
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- Mortos. Todos eles.
*Angra trincou os dentes e engoliu seco. Não choraria. Não ali. O corpo estremeceu ante a temperatura gélida da cela. Lembrou-se da nudez. Imaginou o que viria a seguir, pois a imagem do estado de Yela vivia em sua mente. Nojentos. Sabia do que gostavam então não lhes deu o prazer do desespero ou de sua voz. Encarou-os como se estudasse seus rostos. Como se tentasse memorizar cada detalhe, para que pudesse encontrá-los novamente, para um acerto de contas, que provavelmente acreditavam que jamais viria*

"Enquanto há vida, há esperança"

*Então começaram. Como porcos, chafurdavam e fungavam e passeavam mãos asperas e sujas pelo seu corpo. Mas não deixou sua voz sair. Não mudou sua expressão gélida. Quase morta ou inerte como uma pedra. E quando se recusou a gemer ou chorar, lhe espancaram. Tomaram todo o cuidado do mundo, para envolver os pedaços de madeira em tecidos, bem como seus punhos, para não deixar mais marcas em sua pele, mas isso não impediu que ela cuspisse sangue. Mas seu olhar se mantinha voraz.*

*Gordrimm, aquele que a derrotara, parecia voraz e quase descontrolado. Começou a desafivelar o cinto, mas a mão de cutelo parou seu peito*

Cutelo
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- Não. Não tocamos em mercadoria. Já nos divertimos, vamos.
*Mas não estava satisfeito, ele a olhava com um misto de fúria e gana*

Gordrimm
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- E a boca dela?? Náo tem risco se eu usar a boca, não é?
*Nesse momento, Angra respondeu, sem qualquer emoção*
Cabelos de Fogo
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- Se tentar, eu mordo.
Gordrimm
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- POIS VOCÊ QUE TENTE, SUA PIRANHA!! E EU ENFIO UMA FACA NO SEU OLHO!!
*E ela sorriu*
Cabelos de Fogo
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- Me ensinaram na ordem, que quando o corpo sente dor, ele aperta o maxilar com a mesma força que um lobo das cavernas mastiga ossos de suas vitimas. O risco é seu. Eu já experimentei a dor de um olho furado e você? Já experimentou essa?
*Enfurecido, Gordrimm avançou contra Angra, mas foi parado por cutelo, não antes da bota dele acerta a cara de Angra, fazendo sua cabeça acerta a parede. Ela estava tonta, mas viu ambos discutindo e Cutelo obrigando o homem a se controlar. Ela mesma não sabia por que agia daquele jeito. Queria ofendê-lo, provocá-lo, irritá-lo. Ter uma chance de machucá-lo, pelo que fez a seus amigos. Sentia um ódio genuíno dentro de si e devido a situação que estava, as palavras cheias de mágoas saiam sem seu controle*

*Finalmente Gordrimm havia se acalmado. Cuspiu sobre a mulher caída e virou-se para ir embora. Angra acrescentou:


- Não fiquei assim. Se isso serve de consolo, já fui casada. E posso afirmar: Você não daria conta.

*O anão olhou para trás com fúria, desviando o olhar dela para Cutelo. Dardejou-a com os dentes, com uma jura de que ela se arrependeria de tudo e partiu. Angra ainda foi surrada por Cutelo, antes de finalmente ser deixado para trás, com fome e com sede*

*Quando finalmente teve certeza que não estavam próximos, chorou. Soluçou desesperada, sendo assolada pelo medo que sentiu daqueles homens, pela dor e humilhação a qual seu corpo fora exposto. Mas acima de tudo, pro Jackson, seu irmão de batalha. Brandon, o irmão preocupado. Yela, que tanto sofreu e por causa de sua falha, sofreria mais. Jay, que no fundo tinha um bom coração e Cecilia... A irmãzinha que nunca teve, mas já tanto amava. Fora culpa dela. Deram-lhe a liderança e todos morreram sob seu comando. Talvez Aedan estivesse certo, deviam ter se espalhado ou fugido. Devia ter sido mais rápida, devia ter sido silenciosa. Foi arrogante e irresponsável. Era justo que seu deus a tivesse abandonado. Não o merecia, depois de sua chama a ter trazido de volta ao mundo por uma segunda chance*

*Não merecia chance alguma*

________________________________________________________________________________________________________________

*O balanço da carroça a enjoava, mas conteve-se, para não expulsar o pouco que tinha dentro do estomago, talvez nada. Há pouco havia lutado contra o choro novamente, ao ver Aedan crucificado. *

* Não há morte*

*Precisava lembrar disso. Não merecia Thyatis, mas havia outros que com certeza mereciam. Respirou fundo. Sua filha ainda precisava de si. Rodrick poderia estar em perigo. Precisava salvar Yela e trazer seus companheiros de volta a vida. Se apenas se entregasse a fraqueza, envergonharia os que partiram lutando.*

*Coragem, Cabelos de Fogo. Orgulhe os seus*

*Respirou fundo. Mais de uma vez. Precisava pensar. Olhou os homens que a escoltavam. Soldados. Fortes e bem treinados, não apenas capangas. Sem seu escudo era fraca. Faminta não iria longe. Se ameaçasse se matar, não poderiam tratá-la devidamente e a prenderiam mais forte. Tinha de pensar. Rápido. Esperar chegar a seu destino era simplesmen...

*Olhou para o céu, entre as barras da carroça. O sol ofuscou seus olhos e acariciou seu rosto com um calor gentil Se acalmou um pouco. Se houver vida, haverá esperança.... "Pois a três chamas queimam. Sol te vigia, a fênix te levanta e o touro lhe dá forças*

*O sol te vigia. Por será... Que lembrava tanto da ordem nesse momento? Lembrou tão profundamente... Que até sorriu. E uma vez mais calma, olhou para o guerreiro bem equipado que conduzia a carroça*


-Suas cicatrizes... Ainda doem?

*Perguntou tranquila, como uma passageira comum*



Tribo Scarlata


- MUNDO DE ARTON: GRUPO MADEIRA DE TOLLON (on):Angra Cabelos de Fogo
- MUNDO DE ARTON: GRUPO AÇO-RUBI (on): Jihad das Areias Vermelhas
- MUNDO DE ARTON: GRUPO JADE (on):Sr. Fuu
- JOHNVERSE: PRESA DE FERRO (on): Jinx - Cruzado da Ordem dos cabeças de Dado
- JUDASVERSO: CRÔNICAS DA TORMENTA (on): Nagamaki no Gouka!
- FUI REENCARNADO COMO MONSTRO (on): Gizmo
- OUTONO (on): Sandman

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Kairazen
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Re: ERA DE ARSENAL | Ato II - O Vale Sob o Olhar do Feiticei

Mensagem por Kairazen » 03 Ago 2018, 19:56

O começo da vida de aventura de Akerus foi bem diferente do que ele imaginava, acabou tendo sorte de encontrar uma caravana, e seu dono Pietro Latreus era um comerciante da região, Akerus não sabia ate onde o nome de sua família havia alcançado no Reinado, mas ali ja lhe rendeu um bom começo. Mas ainda assim não era o que queria, ele sabia que a vida de aventureiro era mais que isso, ele estava pensando o que fazer quando chegasse ao destino, mas aparentemente a aventura havia achado eles, uma elfa de asas, algo espantoso para ele, que so conhecia elfas em asas, havia pedido ajuda dele e do bárbaro que estava protegendo a caravana. A ideia interessou Akerus, mas ele vai recusar os TO que a elfa alada oferecia:
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Seria uma honra ajuda-la moça, mas gostaria de saber, qual seria nossa missão?
Apos conversar com ela, ele foi agradecer ao dono da caravana pela hospitalidade:
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Obrigado pela hospitalidade Pietro, mas acho que a partir daqui vou rumar com o outro grupo. E se possível, gostaria que não comentasse que me viu, poucos sabem da minha partida, gostaria que permanecesse assim.
Apos isso ele vai conversar com o barbaro, que tambem havia aceitado a proposta da elfa, ja que viajariam juntos, seria bom conhece-lo:
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Muito prazer, eu me chamo Arekus Warhoof.

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Sol
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Re: ERA DE ARSENAL | Ato II - O Vale Sob o Olhar do Feiticei

Mensagem por Sol » 03 Ago 2018, 20:03

Desde que fora resgatada pela Ordem, essa era a primeira vez que Ikarus sairia por mais de algumas horas.
A ordem de ir atrás de Angra veio junto com a noticia que a pequena havia sumido. Provavelmente teria ido atrás da garota mesmo se não tivesse recebido tal incumbência. Talvez ela tivesse sido escolhida por sua capacidade de viajar rápido. Talvez fosse esperado que ,ao ser abençoada por Azgher, tivesse adquirido parte das habilidades em "observar tudo" o que seria muito útil em encontrar alguém... Ou mesmo (e isso a elfa evitava pensar) a tolerância à sua presença tivesse finalmente chegado ao limite.

As pressas arrumou um fardo e partiu.

Não estava acostumada a viagens pelo chão, e, honestamente, andar era muito lento. Por isso voou a maior parte do tempo, indo até o chão apenas para colher informações.
Não era nada fácil.
Aparentemente sua figura era tão alienígena que muitos simplesmente se recusavam a lhe dirigir a palavra. Outros tantos tentavam enganar a elfa, captura-la, ou simplesmente a hostilizavam, por não ser humana, por ser diferente do que aquelas pessoas diziam ser "normal".

Mesmo assim Ikarus insistiu em sua busca. Angra tinha sido a primeira humana a ser gentil. Tinha os cabelos da mesma cor de suas plumas, e era uma companhia muito agradável para conversar. Elas tinham mais em comum do que admitiriam em voz alta e, se Ikarus pudesse dizer que possuía algum amigo, seria a pequena paladina.

Os pensamentos voavam longe quando, pronta para partir voando novamente, a elfa foi interrompida por um pequeno mensageiro carregando um bilhete amassado e um saco de dinheiro. O bilhete encheu a jovem abençoada de esperança. Informações sobre Angra. Estava mais próxima do que poderia ter imaginado, poderia chegar lá voando rapidamente, mas não iria conseguir enfrentar uma escolta sozinha, precisaria conseguir aliados, aventureiros, mercenário... Daí o dinheiro. Mas o pequeno vilarejo onde estava não tinha esse tipo de gente.
Ia dizer algo ao mensageiro mas este sumiu, tão misteriosamente quanto aparecera.

Foi então na direção indicada no bilhete. Pedindo a Azgher que lhe enviasse a ajuda necessária.

Avistou uma pequena caravana e decidiu que deviria, ao menos, tentar falar com eles.

Aproximou-se com cautela, para não parecer perigosa e ser atacada. Isso acabaria com tudo.

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- Boa tarde viajantes. Sinto muito por interromper sua viagem. Mas venho oferecer uma oportunidade única.
Observou os membros daquela comitiva. Certamente havia potencial no grande e musculoso, os outros guardas pareciam pequenos e fracos próximos a ele. Um outro parecia ser o chefe, um humano meio gordo e flácido, vestido com certos luxos... desnecessários. E por fim, ... O sangue da elfa gelou, por um momento quis voar para longe dali, afastar-se o mais rápido possível, ao mesmo tempo teve a vontade de sacar seu arco e disparar sem pensar em nada. Mas não podia, Angra dependia dela, e do sucesso nessa negociação.

Respirou fundo, engoliu seco e continuou a falar, engasgando levemente. Pois em sua frente também havia um minotauro.
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- Eu... Ahhnm... P... Preciso de espadas, competentes, afim de realizar uma missão. Potencialmente perigosa. - Recobrou os pensamentos.
- Pretendo pagar, é claro, metade agora e metade depois do serviço realizado.
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Seria uma honra ajuda-la moça, mas gostaria de saber, qual seria nossa missão?
tomou ar e disparou
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- Iremos interceptar um transporte de puristas, e libertar uma prisioneira importante.
Era loucura esperar que algum deles aceitasse. Perigo demais, por uma desconhecida. Mas...
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Aceito sua oferta, mulher. Eu me chamo Vanthuir Skullbringer.
A elfa sorriu.
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Muito Prazer Vanthuir. Meu nome é Ikarus. Sua ajuda é muito bem vinda!
Ainda sorria quando o novo colega ofereceu a ânfora de vinho.
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Aponte um caminho.
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- Vamos para norte, rumo ao Passo do Javali.
Olhando para os outros membros da caravana, disse:
- Mais alguém deseja se unir a essa jornada?

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Mælstrøm
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Re: ERA DE ARSENAL | Ato II - O Vale Sob o Olhar do Feiticei

Mensagem por Mælstrøm » 04 Ago 2018, 21:57

Vanthuir encarou Arekus Warhoof, aproximando-se dele calmamente, baixando a mão com a ânfora de vinho. Sustentou o olhar para cima, pois o minotauro era pelo menos uma cabeça maior que o bárbaro. Parecia que empurraria aquele minotauro de roupas sofisticadas e começaria uma briga a qualquer momento, pois seus olhos azuis claros como o céu eram frios e maldosos.
Vanthuir
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Você é um minotauro, mas não tem cara de um guerreiro. Tem certeza que sabe usar esta arma?
Não apontou o gládio em sua cintura, nem moveu um centímetro, apenas encarava o minotauro.

Mostrou um sorriso lupino e lhe deu as costas subitamente, virando para a elfa Ikarus. Mas seus olhos nem focavam nela direito, como se não lhe desse muita importância.
Vanthuir
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Nenhum destes homens servirá, mulher. Você já tem o que precisa bem aqui. Vamos.
Terminou de beber sua ânfora e a descartou jogando-a no mato. Vanthuir demorava para gravar os nomes das pessoas civilizadas, sempre tão complexos e sem significado algum.

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John Lessard
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Re: ERA DE ARSENAL | Ato II - O Vale Sob o Olhar do Feiticei

Mensagem por John Lessard » 05 Ago 2018, 16:39

PRÓLOGO | Recomeço

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Aquele improvável trio, unido pelo destino e por moedas de ouro seguia rumo ao seu objetivo, através das planícies que um dia haviam pertencido a Deheon, mas hoje faziam parte do território do Império da Conquista. O mar verdejante, com a promessa de um resgate, sangue e aventuras. Vanthuir parecia uma força da natureza, Arekus um nobre empolado em busca de adrenalina e Ikarus uma guerreira obstinada com sua missão. Avançaram depressa, parando para descansar e comer rapidamente e usando deste tempo para traçarem um plano de ataque. A jovem elfa do céu poderia cobrir uma distância muito maior voando, mas se chegasse sozinha, que chances teria contra cinco purista de Warton?

Ao anoitecer do dia seguinte o grupo diminuiu o passo, estavam perto do Passo do Javali e uma luz chamou a atenção deles, avançaram com cuidado e pararam antes que entrassem na área iluminada pela fogueira, ficando atrás de algumas rochas. Mais a frente uma jaula estava estacionada sobre uma carroça, que era puxada por dois bois negros. No centro do acampamento estavam dois guerreiros, um menor, com espada nas costas e escudo pesado. Carregava também um besta pesada a tiracolo. Não muito distante, parecendo dizer algumas coisas, um sujeito maior, com uma espada bastarda nas costas e portando uma armadura completa. Ao redor do acampamento, haviam mais três, carregando alabardas e trajando cotas de malha.

Ikarus bateu o olho na jaula e tinha certeza, era Angra.
Notas do Mestre:

O trio permanece foram da luz da fogueira, na penumbra do anoitecer, por isso os guardas ainda não os viram. Qual movimento para dentro da área (a partir da linha 4) os guardas poderão lhes ver, isto pode acontecer imediatamente ou não, com uma abordagem direita ou não, caso tentem uma furtividade.
***

O guerreiro olhou de soslaio para Angra.
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- Tsc... - voltou a olhar para frente - Parem, levantar acampamento.
A carroça então parou e os soldados começaram a montar uma fogueira e abrirem sacos de dormir a beira da estrada. Com apenas um aceno de mão o líder indicou que um dos homens de alabarda se aproximassem.
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- Alimente-a - saiu de perto então.
O homem esperou o outro sair e começou a procurar algo em sua mochila, levantou-se logo em seguida, passando um pedaço de pão duro pelas barras e um odre com água.
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- Coma cadela...
Ele não parecia sentir ódio ao dizer aquilo, apenas... Treinado. Virou-se de costas e montou guarda.

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Dados dos Personagens

Ikarus: <> PVs: 20/20; PMs: 8/8; PEs: 0/0; PAs: 2; CA: 18/18 <> Condição:
Arekus Warhoof: <> PVs: 24/24; PMs: 0/0; PEs: 0/0; PAs: 2; CA: 19/19 <> Condição:
Angra: <> PVs: 29/29; PMs: 0/0; PEs: 0/0; PAs: 2; CA: 12/12 <> Condição:
Vanthuir Skullbringer: <> PVs: 38/38; PMs: 0/0; PEs: 0/0; PAs: 2; CA: 17/17 <> Condição:
[/quote]
Personagens em Pbfs:
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Sol
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Re: ERA DE ARSENAL | Ato II - O Vale Sob o Olhar do Feiticei

Mensagem por Sol » 06 Ago 2018, 16:46

Viajaram rápido. O mais rápido que pernas permitiam.
Sem falar muito e parando pouco.

Ao se aproximar do destino o coração de Ikarus batia forte em seu peito. Queria logo confirmar se o bilhete do mensageiro dizia a verdade, ou se estava sendo atraida para outra armadilha.

A Luz de Azgher já estava baixa no horizonte quando o brilho crepitante e alaranjado, tipico de uma fogueira, chamou a atenção.

Uma aproximação cautelosa, o vislumbre do acampamento montado e a confirmação.

Angra estava mesmo ali. Em uma jaula. O coração da elfa pulou de felicidade ao mesmo tempo que sentiu o ácido borbulhando em seu estomago.

"Quem eles pensam que são pra tratar minha amiga como se ela fosse um tipo de animal?"

* Agachou-se atrás das rochas, fechou os olhos, respirou fundo. Acalmando seus ânimos. "Agitação não fará nenhum bem agora. Concentre-se Ikarus, mantenha o coração traquilo. Haverá tempo para celebrar depois disso." *

Abriu os olhos olhando para os dois colegas.
E disse, mantendo a voz baixa.
[b]Ikarus[/b] escreveu: Imagem
- A mulher na jaula é quem viemos resgatar.
- Não creio que um ataque direto vá funcionar tão bem, uma vez que estamos em menor número.

- Eu consigo acerta-los daqui com meu arco, mas temo que possam ameaçar a segurança da ruiva.
Olhou novamente para os soldados. Voltando em seguida a atençao para o barbaro e o nobre.
[b]Ikarus[/b] escreveu: Imagem
- O que acham dessa ideia:
- Eu ataco o grandão daqui. Enquanto Vanthuir espera com o machado preparado para quando eles vierem até aqui.
- Arekus vai por trás das rochas e quando, eles estiverem distraidos e voltados para cá, liberta a ruiva.

Pensou um pouco e continuou

- Caso eles não mordam a isca. Eu continuo atirando daqui. E se eles ameaçaram a prisioneira, hmmmm. Eu me revelo, voando, isso certamente vai distrai-los, e ai vocês atacam.

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Mælstrøm
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Re: ERA DE ARSENAL | Ato II - O Vale Sob o Olhar do Feiticei

Mensagem por Mælstrøm » 06 Ago 2018, 17:07

Vanthuir se aproximava da moita vagarosamente e pôde encontrar alguns homens bem equipados com armaduras e armas. A jaula revelava o alvo a ser solto, outra mulher. Vanthuir, entretanto, não se importava com ela, queria apenas mostrar sua força e ser digno diante de seus ancestrais. Com seu machado em mãos, estreitando seus olhos azuis cintilantes como um lobo, Vanthuir analisou e ponderou quando ouvia a voz murmurada de Ikarus.
Vanthuir
Imagem
Seu plano parece bom. Nós dois, então, daremos conta de todos. Minotauro, se não tem brio algum, vá soltar a mulher.
Lançou-lhe um comentário desafiando sua força com um sorriso de canto.

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Kairazen
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Re: ERA DE ARSENAL | Ato II - O Vale Sob o Olhar do Feiticei

Mensagem por Kairazen » 06 Ago 2018, 17:50

Arekus esperava mais cortesia daquele homem, a maneira como falava demonstrava não ser amigável, nem ao menos se apresentando e ainda por cima questionando se sabia lutar. Arekus vai respirar fundo e recolher a mão que havia estendido e responder:
Imagem
Não precisa se preocupar com isso humano, sei bem como usar meu gládio.
Viajou quieto com o grupo, ainda estava espantado que conhecer uma elfa-do-céu, eram raríssimos pelo que se sabia, conhecer uma logo de cara talvez fosse um bom pressagio. Ao chegarem no local da sua missão entendeu porque ela precisava de ajuda, uma mulher aprisionada, provavelmente amiga de Ikarus. A elfa vai explicar o plano dela, Arekus vai dar um aceno de cabeça, mas o bárbaro parecia ainda queria irrita-lo, Arekus vai responde-lo:
Imagem
Bom, alguém precisa solta-la não é? Mas grite se precisar de ajuda humano.

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