Daemon abriu os olhos, confusos. Havia sido atacado e destruído por outros dos seus. Sofrera e morrera. Algo, entretanto, o trouxe de volta.
Daemon
Haruni...?
Mencionou, olhando para as próprias mãos, ainda sentado. O sangue de dragão o deixara vivo, manifestando-se com todo seu potencial. Daemon escorreu as mãos sobre o rosto pensando naqueles elfos malditos. Arrogantes demais, piores que os aristocratas de Lenórienn, cegos demais para enxergar um palmo à frente. Seus olhos e seus cabelos voltaram à cor normal. Ele viu Katarina pilhar os elfos derrotados (talvez mortos).
Protestaria, mas Klaire havia destruído a mobília. Curiosamente, apenas por isso foi possível lutar, matar e pilhar os elfos, quebrando de vez as regras dessa masmorra. Daemon começou a rir bem alto.
Daemon
Ahahahahahaahhaahahahahah!!!!
Ficou de pé, rindo, arqueando as costas para trás, segurando a testa.
Parou de rir súbito e seguiu cambaleado pela sala. Aparentemente, o grupo ficaria mais um pouco ali para descansar. Precisavam de sua cura.
Daemon
E minha cura terão. Terão o poder de Lenórienn correndo em suas veias. A glória dos elfos, seu esplendor e poder. Lutam como selvagens, animais inferiores, mas não faz mal. Foram escolhidos por Valkaria e eu confio em sua divina escolha. Os elfos têm muito a contribuir para os povos inferiores, para sofisticá-los, refiná-los. Mas, infelizmente, alguns se afastaram dos ideais de Glórienn, ficaram reclusos em um torpor de superioridade. Uma pena, realmente. Mas tomem, tomem o poder de Lenórienn e dos elfos.
Depois, caminhou até Katarina, ficando em sua frente, olhando-a para baixo.
Daemon
Segure sua língua da próxima vez, ou não haverá cura para você, humana. Agora eu estou lhe concedendo a graça élfica e fique grata por isso.
E lhe deu as costas para ficar pensativa.
***
Daemon estava acordado bem antes de todos. Os seres não élficos dormiam muito, morosamente. Era curioso: viviam tão pouco e gastavam mais tempo dormindo.
Quando acordaram, viram Daemon de pé, com espadas em punho, praticando no ar. Seu corpo estava suado.
Daemon
Bom dia, dorminhocos. Hora de banquetear.
E assim foi feito. Seguiram pelo corredor a leste, atravessando o salão.
***
Um tempo depois encontraram duas elfas. Uma brincalhona e outra séria. Duas facetas nostálgicas da juventude élfica. Daemon sorriu em desafio, mas Katarina se pôs à frente mais uma vez. Yudenianos eram mesmo uma raça a parte da humanidade.
Daemon
Merildalwa e Kaleadorianne, fico triste em conhecê-las nestas circunstâncias.
Disse o elfo ignorando a humana, se colocando em sua frente.
Daemon
Eu me chamo Daemon, da antiga Casa Raervanna de Lenórienn. Nós viemos atender o chamado de Valkaria e libertá-la de seu claustro... neste sádico "jogo" dos deuses. Infelizmente temos que passar por vocês e fico muito feliz que esta luta não seja até a morte.
Ele começou a andar na frente de Katarina, indo para lá e para cá, com as mãos atrás das costas, os cabos das duas espadas amostra. Ele tinha um sorriso calmo.
Daemon
O que me diz de uma luta de um arqueiro contra um arqueiro, um espadachim contra outro espadachim? Eu posso emprestar
Anavelaro ou
Anaveler a uma de vocês. Lutemos usando a nossa graça élfica. Arco e espada, como o símbolo de nossa deusa.
A ruiva lhe sorria.
Merildalwa
Saudações, Daemon, meu querido! Devo recusar sua oferta, mas a agradeço. Cada desafiante escolhe suas armas e ficamos com nossos arcos e nem ousaríamos usar suas espadas.
Daemon sorriu emocionado. Depois de tanta briga, luta e morte, era um alívio ver adversários assim. Ele olhou instintivamente para Fen, o arqueiro do grupo.
Daemon
Por favor, Fen, poderia ter a bondade? Podemos nos preparar e começar quando quiserem, senhoritas. Será uma honra e que vença o melhor.
Ele sacou suas duas espadas. Sorria, mas ao mesmo tempo, sentia dentro de sua alma que aquilo poderia sair do controle a qualquer momento. Afinal, eles precisavam passar custe o que custar.
Ela concorda que conjure uma magia cada um, ou beba uma poção, se começarem 3 metros cada dupla.