Vectora, o Mercado das Nuvens é uma das mais importantes cidades de Arton. Não porque é uma cidade comercial, um dos únicos lugares onde um aventureiro pode comprar seu item mágico sem precisar se lançar a uma masmorra perigosa. Vectora é importante e famosa por ser formada sobre uma rocha voadora, criada por um dos dois maiores magos vivos de Arton, Vectorius.
Neste ano a cidade voadora passará por uma aldeia chamada Prado Verde, uma das muitas comunidades humanas espalhadas pelo nordeste de Deheon, há três dias a cavalo de Valkaria.
Vectora é conhecida por passar por várias cidades importantes e capitais dos reinos. Apesar disso, Prado Verde sendo tão pequena, conseguirá vislumbrar pela primeira vez a montanha voadora no horizonte. Houve um pequeno desvio no trajeto da cidade para este ano de 1410, nada que seja muito importante, mas para a vida do aldeão em Prado Verde será um evento único em suas vidas.
Pensando nisso, o prefeito da cidade Mestre Orjan planejou um grande festival para atrair visitantes: mercadores, mascates, aventureiros. Toda sorte de pessoa interessada em visitar Vectora encontraria em Prado Verde um lugar tranqüilo para ver a cidade ou, por meios próprios, entrar no Mercado das Nuvens.
Sob o peso do Azgher de Altossol, um dos mais quentes meses, quatro figuras distintas andavam pela mesma estrada...
BethanyOFF: Aqui vocês podem ler somente sobre seus personagens se quiserem. Depois, leiam abaixo a narrativa para todos.
O lobo Nuvem acordou Bethany de sua cama improvisada por folhas e gravetos em meio a um bosque úmido. O inclemente Azgher poderia fazer sua viagem mais difícil, mas a meio-dríade era acostumada ao calor e à umidade. As lembranças de Greenleaf vieram à mente. Enquanto lá a mata era fechada, com chuva o ano inteiro, aqui onde estava Bethany e Nuvem viam árvores cumpridas e finas, espaçadas com um tapete verde gramado. Havia muitas plantas e flores de diferentes tamanhos e formatos e todas intrigavam Bethany por serem muito diferentes das de Greenleaf.
E este era um de seus objetivos mais plenos. A diversidade do mundo de Arton era vasta e era uma de suas missões enquanto druida de Allihanna em buscar entender mais o seu mundo. Sendo filha de quem era Bethany tinha poucos traços de seu pai. As lembranças dele eram poucas e dolorosas. Parecia que faltava algo.
Nuvem fungou farejando o ar para rosnar em seguida, deixando a meio-dríade em estado de alerta. Alguém se aproximava barulhento, pisando nas folhas secas, como se fosse muito pesado.
Shantii
O jovem monge não tinha noção de sua origem, tendo parcas lembranças de uma vida na floresta e na caverna onde se abrigava. Shantii viajava pelo mundo em busca de autoconhecimento e encontrou os primeiros seres humanos no litoral de uma praia. Shantii lembrou-se dolorosamente de Zara ao ver as tatuagens intrincadas nos corpos daqueles homens de pele morena. Barqueiros preparando para uma viagem ao que chamavam de “continente” e foi assim que o jovem monge conheceu outras terras.
O chão era mais duro, terra batida e era abafado pela quantidade de florestas e suas copas. De onde viera a vegetação era mais esparsa, o que permitia experimentar o frescor dos ventos – e às vezes furacões. Não demorou muito para ele divisar a mão humana na natureza: estrada. Uma estrada de terra firme detendo o avanço do mato e das árvores. Foi assim que ele viu o primeiro humano do continente.
Max Reilly
Max logo descobriu que a vida de mercenário não é tão emocionante assim. Ao sair de Malpetrim há alguns meses, achou que esbarraria em alguém em prantos pedindo por ajuda para eliminar sszzaazitas. Ou que alguém chamasse guerreiros fortes para impedir os planos malignos de um mago em sua torre na floresta. Ou algo do tipo. Mas Max não encontrou nada disso.
Ele escolheu caravanas como um ponto de partida. Um comboio de carroças de mercadores onde as histórias circulavam. Era um bom lugar para estabelecer uma rede de contatos, ser conhecido por um ou mais mercador viajante para que fosse sempre chamado para escolta. Max viajou pelos reinos do Império de Tauron e praticamente não encontrou ação. Afugentou lobos ou goblins de beira de estrada. Trocou de caravana três vezes para fazer o percurso todo até o reino de Deheon.
Max encontrou algumas estradas pavimentadas que davam para as capitais ou cidades mais importantes. Mesmo nos lugares mais ermos a estrada era patrulhada, afugentando bandidos e qualquer tipo de ação. Cansado de viajar infrutiferamente, Max ouviu falar do festival e da chegada de Vectora. Ora, seria um bom meio de encontrar ação.
Valvadis
“Adivinhe” era Brina.
“Tem raízes ocultas,
É mais alta que as sequoias
Sobe, sobe e também desce,
Mas não cresce nem decresce.”
Calco completava.
Um dia Valvadis acordou com esse enigma na cabeça. As cartas coringas de seu baralho não respondiam mais. Dias se passaram e toda vez era o mesmo sonho, a mesma charada, a mesma dúvida.
Fazia pouco tempo, Brina e Calco eram mais falantes. Foram eles quem o fizeram a manipular as energias arcanas em primeiro lugar. Valvadis tinha receio, medo, mas a promessa de poder o seduzira e o fazia ir adiante. Sem dinheiro e buscando evitar estradas, o jovem meio-elfo queria sair de Portsmouth o quanto antes. Se sua vida era difícil por ter sangue élfico nas veias, se tornaria impossível se descobrissem seus poderes mágicos.
Mais de uma vez ele teve que fugir bem depressa de lugares ao menor sinal de desconfiança de aldeões. Brina e Calco se calaram, exceto pelo enigma. Sem destino, sem perspectiva e quase se sentindo enganado por acreditar em cartas mágicas, Valvadis viu uma montanha. A resposta.
Brina foi a primeira a voltar a falar. E com isso, Calco apresentou um novo destino. Um objetivo.
“Eu vi nas estrelas, eu vi o destino traçado pelos deuses. Os deuses se importam, sim, eles se importam. Você encontrará outro menino favorecido. É, vai encontrar”.
Depois disso, nenhuma palavra mais sobre o assunto. Valvadis subiu e pôde ver a estátua de Valkaria no horizonte, colossal, impossível de ter sido construída por mãos artonianas. Sem mais demora, seus pés o levaram até uma estrada simples margeada por bosque por ambos os lados. No meio dele, andando despretensiosamente, viu um jovem humano de longos cabelos prateados e o corpo cheio de tatuagens. Valvadis sentiu na hora uma sensação estranha. Era este o rapaz escolhido pelas cartas? Elas nada diziam...
Todos
“Socorro!”
Todos puderam ouvir o grito agudo de um homem vindo de mais à frente na estrada.
O que vocês fazem?
OFF: Podem ter uma pequena interação antes, uma primeira impressão um do outro. Seria interessante neste momento todo mundo se descrever. Há tempo para uma troca de palavras antes do grito do homem desconhecido.