Mas que amigos? Aldred tinha amigos, seus companheiros de Namalkah no qual fizeram muitas aventuras juntos. Foi com eles que atingiu o patamar de hoje. E havia Farrapo, seu irmão-cavalo. Tão irmão quanto seus irmãos humanos e o povo de Deheon não entendia isso. Mais de uma vez ouviu comentários brisados e sorrisos irônicos quando conversava com seu cavalo.
Porém, Aldred sabia que Therese era esperta e, provavelmente, estava certa. Era preciso abrir um pouco a mente e aceitar novas pessoas para confiar. Seus amigos do passado estão em Namalkah e ele precisava de novos. Suspirando longamente, deixando os ombros penderem relaxados, ele se pôs a analisar os companheiros. Um sprite inquieto, um mago incapaz de falar, uma pequena mulher e um homem com uma costura bárbara na cara.
É.
Grevan Tormac II, seu estimado líder, pensava como ele. Era um homem forte e direto, como as pessoas deveriam ser. E ainda muito perspicaz por conseguir entender o que aquele rato de livros balbuciava como uma criança. A pergunta da liderança foi a que fez o ginete suspirar. A resposta do paladino, claro, foi excelente, provocando um meneio de sua cabeça. Por sua sugestão, Shao-Jun devia ser a líder e Aldred estava confortável com isso: contra fatos, sem argumentos.
Porém, Aldred se surpreendeu com a reprimenda que João sofreu. Achou um tanto exagerada, o que o fez pensar, decepcionado, que Grevan tinha alguma ligação pessoal com aqueles métodos diferentes de curar uma pessoa. Ora, cura é cura. Pode não ser tão prático como magia, mas se estava no Protetorado é porque era eficiente. Aldred mordeu o lábio inferior para tentar esconder a decepção.
Saíram da sala rapidamente e o mago começou a falar alguma coisa e Shao-Jun, graças aos deuses, falou de modo que desse para entender o contexto. Queria que se reunissem para conversar na biblioteca. Eilistemmi parecia acatar a ideia também. Só faltava João se manifestar depois da invertida tomada na sala de reunião do líder.
Disse enquanto tirava um pouco da infindável poeira de seu chapéu em suas mãos.Aldred
Nas duas vezes que entrei na biblioteca, fui repreendido por falar. Acho que o melhor lugar seja qualquer outro. Uma sala vazia, talvez?