Briga em Família [Concluída]

[Astirax]

Zidane acompanhou todos em silêncio, não poderiam levar Nadinah a um templo de Tanna-Toh mas ela seria sepultada de acordo com os ritos.

Ao encontrarem um local afastado do moinho, no alto de uma colina, John a colocou no chão e cada um a seu modo ajudou a cavar. Zidane não se importou em demorar com isso, pegando um punhado de terra por vez com sua única mão.

Khaled recita versos durante todo o tempo que cavamos, tal como foi pedido para honrar Tanna-Toh

Ao final estavam prontos para retornar a Gorsengred.

Durante o retorno houve comentário sobre o que ficariam de Nadinah, e o que seria partilhado dos inimigos antes derrotados, Zidane sabia da importância do ouro, mas estava triste, não por ter grandes sentimentos para com a maga, mas por empatia aos sentimentis de Maryanne, e por isso não comentou, nem cobrou nada.

John explica o plano a Pelleas, significando que confiam no recém chegado elfo, na realidade todos conversam abertamente com ele, como se fosse um companheiro desde o início.

Isso era estranho, Millyandaranny e Maryanne no início custaram a aceita-lo, só pelo fato do capuz, aceitaram esse elfo pelo fato dele ser ex-escravo?

Pelleas demonstra não conhecer os minauros, se todos acreditam nele, devo confiar tambem.

Zidane entao remove seu capuz e fala diretamente com Pelleas.

Zidane

Ni am Zidane, yondo -o Lilianarthadannyvess a perina-moriquende ar minotaur
(Eu sou Zidane, filho de Lilianarthadannyvess, um meio minotauro e elfo)
Mime horns are anwa, tye pole- timeále- if tye mére-, estel tye
(meus chifres sao reais, pode tocar se quiser, confio em voce)
Ni believe i i makeup indóme nurt- your ears mal ni care- vamme sinte if Khaled pole- care- qua an your hendu.
(Acredito que a maquiagem irá esconder suas orelhas mas não sei se Khaled pode fazer algo pelos seus olhos.)

Antes de chegarem e entrarem a cidade contudo, Zidane recoloca seu capuz.

[John Lessard]

John acompanhou as demais conversas, enquanto seguiam para a cidade.

- Sim, Pelleas, creio que um capuz seja o suficiente. Pois bem, podemos procurar um local mediano para passarmos a noite, o que acham?

[Aldenor]

Maryanne estava cansada, mas chegar à cidade fez um pouco de bem a ela. Mesmo sendo uma cidade horrorosa como Gorsengred.

Maryanne

Falou minha língua, sir. Vamos procurar um lugar rapidinho, Khaled.

Afinal, era uma garota da cidade.

[Lucena]

O homem encapuzado se revela e começa a falar com Pelleas em Elfico. Mas o elfo está visivelmente desconfortável e surpreso com isso.

- Você é meio elfo e meio...! Sua mãe está bem, está segura?
- Não, desculpe, não devia perguntar essas coisas. Esqueça que falei algo.
- E não precisa falar em élfico, por favor.

Pelleas veste o capuz e se retira de perto dele, pronto para ir para a cidade.

[Mælstrøm]

Parte 2: Cidade da Traição



As lamparinas espalhadas em alguns postes iluminavam as ruas de Gorsengred, deixando pequenas ilhas de calmaria em meio ao oceano de Tenebra. John concordou com Khaled em buscar uma estalagem não muito tencionada e nem muito indesejável. Os aventureiros haviam lutado durante a tarde e seus corpos precisavam de descanso adequado, embora os ferimentos tivessem sido facilmente lavados pela arte do bardo. Maryanne se dispôs à frente e não custou em encontrar um lugar simpático, embora simples.

Uma caserna de dois andares, com um cheiro convidativo foi o suficiente para acomodar os cinco. Pelleas havia demonstrado algum desconforto com as palavras ditas na língua de seu povo por Zidane, mas não houve tempo para aprofundamentos daquilo. Todos sabiam, os elfos não gostavam de falar do passado ou tocar em certos assuntos.

O estalajadeiro não tinha uma cara amigável, mas foi bastante educado com os aventureiros. Pelleas e Zidane podiam aparentar com os rostos ocultos e os demais apresentar armas, mas o homem não parecia se importar com aquilo. Ofereceu um quarto, entregando as chaves para John e cobrou uma bagatela de oito tibares de prata para cada um, incluindo o quarto com dois beliches, uma janela para a rua, a sala de banho e a refeição da noite.

Após a comida simples (uma sopa quente com frango, batata e cenoura), o grupo rumou para o quarto onde pôde descansar e recuperar suas energias. O dia seguinte veio mais quente que o normal, com o sol acordando primeiro quem dormira nas camas de cima dos beliches. Khaled acordava ainda doente, cansado como no dia anterior, apresentando pouca melhora. Já Zidane sentia suas forças quase totalmente recuperadas do veneno da casa de Norla. Após um rápido desjejum, Pelleas decidiu ficar no quarto lendo e decifrando as escritas mágicas dos pergaminhos de Nadinah enquanto o restante do grupo iria reportar à Taerir Hordiggard.



Era ainda manhã quando o grupo chegou ao Chá Vermelho e encontrou a senhora de meia idade. Ao vê-los, ela gesticulou para que entrassem pela porta aos fundos e seguissem aquele mesmo corredor para a mesma sala. Ela não os acompanhou dessa vez, ficando na entrada ajeitando os frascos de chá. O grupo havia notado que havia menos pessoas ainda nas ruas próximas ao estabelecimento, mas o clima parecia pesado.

Ao entrarem no quarto, encontraram um homem de pé analisando um quadro caído em um canto, de costas para o grupo. Quando todos entraram, ele se virou lentamente naquele ambiente um tanto abafado e empoeirado. Era um homem alto, moreno, com peito largo e musculoso. Seu rosto era bonito, anguloso e de sorriso fácil, sedutor.

Achei que roubariam os escravos para si e fugiriam. Hahahahaha. Mas vejo que são leais e fico bastante satisfeito com isso.

O homem estava visivelmente desarmado, andando com as mãos atrás das costas, despreocupado. Andou circulando o grupo analisando um a um, parando em Maryanne.

Se estão aqui, é porque fizeram o que pedi. Estou certo?

Ele não parecia interessado no destino dos escravos libertos. Sua pergunta foi dirigida ao grupo, mas seus olhos lascivos não paravam de encarar a espadachim. Porém, como quem acaba de quebrar um encanto, Taerir levou a mão ao queixo, teatral.

Vocês não eram em cinco? Onde está aquela dama do Deserto da Perdição?

Dados dos Personagens: Inventário, XP, Riquezas
- Maryanne I. Maedoc <> PV: 38 PA: 0 PE: 3 CA: 20 <> Amaldiçoada: não ativo <> Condição: Normal
- Zidane Vess <> PV: 29/26 PA: 1 PE: 3 CA: 18 <> Pedras: 10 <> Condição: Sem braço [-4 em Acrobacia, Atletismo, Ladinagem e Ofícios]; envenenado (FOR 19, -1 em jogadas de ataque e dano); Normal
- Sir John Lessard <> PV: 47 PA: 0 PE: 3 CA: 20 <> Desafio: 5 <> Duro de Ferir: - <> Duro de Matar: 1 <> Espírito Tenaz: 3 <> Condição: Sem mão [-2 em Acrobacia, Atletismo, Ladinagem e Ofícios]; Normal
- Khaled <> PV: 21 PA: 1 PM: 13 CA: 14 <> Virotes: 29 <> Música de Bardo: 10 <> Luta Galante: 6 <> Voo: 1 <> Desejos: 1 <> Condição: Envenenado (FOR 03)
- Pelleas <> PV: 26 PA: 1 PM: 6 CA: 20 <> Flechas: 20 <> Flechas metálicas: 20 <> Flechas de caça: 20 <> Condição: Normal

Próxima Atualização: 23/08

[Toyoda]

As dores e o corpo pesado ainda era marcante em Khaled, mas pelo menos ele sentia as forças mágicas se renovando em seu intimo. Nada como uma boa noite de sono para a energia de Wynna tomasse seu corpo.
Apesar de em sua mente Nadinah ainda se fazer presente, agora ao invés de tristeza usaria isso como inspiração. Ela foi ao mundo dos mortos por eles afinal, seria honrada como tal!

Tomara o café da manha como de costume, se fartando o máximo possível, sentia o corpo fraco, as seu estomago estava vazio. A sopa da noite anterior foi muito boa, mas não o sustentaria para mais que aquele tempo.

Quando estavam se trocando no quarto, antes de sair, Khaled indagou uma possibilidade, algo que acreditava que John não concordaria... Mas SE desse certo? Hum, Talvez não fosse o ideal, mas mesmo assim prosseguiu:

Khaled

Gente... E se encontrarmos esse tal de Taerir a sós? E se já o tirarmos da jogada?

Mas mal havia falado, já repara que não era uma boa opção. Não naquele momento, já que certamente não seriam aceitos por nenhuma outra família, e certamente seriam caçados por todos... É, precisavam da proteção de alguma família, qual quer que fosse ela. Então ele mesmo se respondeu:

Khaled

Não poderíamos... Esquece...

Disse levemente envergonhado.

Então andaram até a casa de cha e se encontraram com o tal cabeça da família, era mais ou menos como havia imaginado, principalmente em personalidade.

Houveram indagações e Khaled, como bardo do grupo se pos a responder, de forma poética como era de seu feitio, e de agrado do contratante:

Se estão aqui, é porque fizeram o que pedi. Estou certo?
Vocês não eram em cinco? Onde está aquela dama do Deserto da Perdição?

Posicionou seu alaúde, e pôs-se a recitar, de começo mais alegre, e de fim mais tristonho, sempre coordenado, a forma de falar.

Khaled

Nobre senhor Taerir
O que pediste fora feito
Não estamos só a rir
Pelo serviço perfeito

Zanir esta caído
Não apenas desmaiado
Mas em óbito decaído
Como o oco de um balaio

Dura fora a luta
A morte a muitos viera
Mas seguimos a conduta
E sucesso a missão tivera

O local da torre não é segredo
Agora que descobrimos
Pergunte-nos sem medo
E logo te diremos

Agora a questão complicada
De embrulhar o estomago
No fim foi uma cilada
E dói no nosso amago

Nadinah nossa amiga
Vinda da perdição
Poderia ter sido cativa
Mas ai, teria salvação

No sucesso da missão
O custo nos foi caro
Não importa a comissão
Para isso eu tenho faro

Mas a morte sucedeu
Repentino, digo eu
Da forma que se deu
Até a alma, em mim doeu...

[Aldenor]

Encontrar a estalagem foi fácil, mas quando a sopa chegou à mesa, Maryanne sentiu saudades do Caranguejo Yrlanyadish e sua variedade gastronômica. Comeu sem vontade, pois não gostava muito de sopas e também por estar triste. Seu corpo mostrava sinais de cansaço, então se retirou antes de todos para tomar um banho. Já no quarto, dormiu no beliche de cima, como de praxe. Não houve brincadeira ou músicas naquela noite.

Foi a última a acordar, mesmo com o sol sobre ela vindo da janela. O travesseiro era um grande escudo contra sua investida, mas passado a hora, não tinha como continuar na cama. Desceu do beliche com uma cara de poucos amigos e se vestiu adequadamente. Colocou a mochila nas costas, como todos faziam, pois não saberia dizer se ficariam ou não naquela estalagem mais um dia. O resultado do encontro com Taerir era imprevisível.

Durante a caminhada até o Chá Vermelho, Khaled comentou sobre assassiná-lo e depois mudou de ideia.

Maryanne

Mesmo ele sendo um crápula como os outros, acho que não teria coragem de matá-lo se não pudesse se defender.

Disse preocupada, lembrando de sua chuan cortando Zanir. Apesar do merecimento, ela não se sentia bem depois de matá-lo.

Chegaram ao estabelecimento de fachada e logo estavam na presença do chefe dos Hordiggard. O homem era conhecido por ser mulherengo e há dias Maryanne até pensou em tirar proveito disso. Mas agora não tinha nenhum ânimo para tal. Os olhares indiscretos do homem sobre ela provocaram uma ira interna que quase se transformaram em ação. Porém, Khaled cantou a missão numa ode bonita e a acalmou.

Maryanne

...

Continuou encarando Taerir com raiva.

[John Lessard]

John retornou a cidade em completo silêncio, sério e concentrado, deveriam ter cuidado em seus próximos passos, sabia disso, assumiam maiores riscos agora. As posições consequências que poderiam surgir, entretanto, foram nubladas pela escolha de uma nova estalagem. O cavaleiro ficou feliz internamente, pois parecia ser um meio termo para todos, então após pagarem, comerem a refeição mais modesta desde a última estadia, subiram aos seus quartos. John retirou a armadura com morosidade e tomou um banho, para lavar-se da poeira e sangue, para finalmente dormir como uma pedra, num sono sem sonhos.

A manhã seguinte chegou ensolarada e após o desjejum e poucas palavras trocadas, Khaled soltou mais uma de seus suas incríveis ideias. O cavaleiro que terminava de se preparar para sair, bufou, e cutucou a cabeça do bardo de leve, com o indicador de sua única mão.

- Khaled, você pensa antes de falar essas coisas?

Não havia hostilidade em sua voz, nem algum tom de ordens, falou amigavelmente, antes de sair e seguir com os demais.

John chegou apreensivo ao Chá Vermelho, mas nada que sua postura sempre sisuda não mascarasse. Adentrou a sala indicada junto dos demais e logo deram de cara com Taerir, logo após um pequeno teatro de sua parte. Khaled se apressou em explicar algumas coisas com uma canção, inclusive a perda de Nadinah. O cavaleiro esperou o mesmo terminar, para ele mesmo falar.

- Bom, imagino que passamos em seu teste, então... Inclusive, derrubamos mais algumas figuras por lá, o minotauro Caletus, se isto lhe dizer algo. Agora será que irá nos colocar no cenário principal?

[Lucena]

A viajem para a cidade, de volta para os outros, foi tensa, mas ninguém parecia perceber a exoticidade de Pelleas. Uma vez no quarto o elfo firmemente decide ficar do lado de dentro até que seja a hora de sair da cidade. Por mais que o elfo amasse a natureza, e ela o amasse de volta, o confinamento dentro da estalagem era o mais seguro para todos.
Mas Pelleas não era do tipo que gostava de não ser útil, então tratou de começar a mexer nos documentos deixados pela falecida maga. Podia não ser um mago treinado, mas como falante natural de élfico, a língua academicamente mais comuns para a magia, pelo menos descobrir as características gerais dos escritos arcanos.
Ele faria este serviço pacientemente, por horas a fio enquanto esperava os outros chegarem.

[Astirax]

Apesar do funeral de nadinah ter sido isolado e rapido, o clima de luto persistia, a chegada a cidade, silenciosa seguida de uma negociação por estadia rápida e uma noite sem animações.

Quando não sabia o que dizer , Zidane prefiria ficar calado, o que só contribuia ao recente clima.

Parecia faltar algo... Zidane olhou para onde seu braço direito deveria estar, e pensou se Taryl conseguiu achar a sacerdotisa, e o que isso lhe custaria.

Dormiu pesado, havia sido totalmente encharcado e correu durante muito tempo alem de outras coisas, mesmo que seu corpo não mostrasse sinais do cansaço, sua mente o derrubou totalmente, adicionando as suas preocupações o nome de Godak.

A manhã seguinte mostrou que a morte de Nadinah era real, nao um pesadelo, prefiriu ficar em luto silencioso e aguardar o momento certo para falar.

Pelleas decidira ficar fora de vista, Khaled e John conversaram brevemente antes da partida do grupo para o Chá Vermelho.

Khaled comenta sobre assassinar, no meio da rua e depois muda de ideia... Zidane sabia que pessoas lidavam com o luto de formas diferente, mas essa ideia era...

Ja no local, eramos conhecidos entao dessa vez as coisas foram diferentes, e estavamos em frente ao proprio Taerir, aparentemente indefeso.

Quando Khaled tomou a palavra houve um pequeno receio que ele fosse tentar algo, mas apenas recitou os acontecimentos. Com isso e aparente silencio de Maryanne e comentarios de John. Nao parecia haver mais nada que pudesse ser acrescentado a conversa agora.